terça-feira, abril 04, 2006

CORTINA DE FUMO

- Alberto, António, Pereira, então o inimigo?
- Continua ali entrincheirado, Zé. Não quer sair.
- Franco-atiradores...
- Não é possível. O tipo não dá o flanco...
- Bem! Cortem a água!
- Boa idéia.
- Cortem a energia eléctrica!
- Ih ih ih...
- Lancem uma cortina de fumo intoxicante!
- E agora?
- Agora, Alberto, aguardamos.
- Olha, olha Zé! Lá vem ele, com uma bandeira branca!
- Eh eh eh nunca falha! Eu bem sabia que o workshop em guerrilha política me viria a ser útil...

10 comentários:

Eva disse...

Este não é bem um comentário ao texto que está delicioso, diga-se!
Eu sou fã desta escrita, embora não concorde - por vezes - com o conteúdo, mas a forma faz-me deliciar.
E então, e depois de passar a graxa toda, vamos ao que interessa e que me trouxe aqui.
Como soi dizer-se "ano novo, vida nova". O ano não será bem o caso, mas vida nova aproxima-se com grandes e radicais mudanças. Mais semana e meia e Sintra me espera. Com tanta mudança até o blog me apetece reformular. E é desta que vou "linkar" umas coisas. Este "ex-centrico" pode entrar na lista ou patrão não deixa? ;-)
Notícias, se for o caso, podem ser dadas para evagsantos@hotmail.com.
Um beijo

Eva

Eva disse...

É verdade: falta a cerimónia solene de entrega da t-shirt.
;-)

Elsa Gonçalves disse...

Boa noite "Xavier". Começo a ter alguma dificuldade em parar esta ciber correspondência.
É que me apetece sempre responder-te, e também me sabe bem quando tenho a tua resposta.
Ao meu caldeirão, deste outros nomes, fizeste-lhe uma prosa bonita que de certeza te soube bem...e a sopa de avó e manhãs morrinhentas.
O meu caldeirão nasceu no alentejo e depois foi crescendo em lisboa, sem nunca deixar de se abastecer no local de origem. É para lá que me piro quando consigo desligar do trabalho e de outras coisas ... para encher o caldeirão. Porque preciso mesmo do cheiro da terra, dos bocadinhos entre mim e o céu limpo e escuro, cheio de estrelas, como só se vê e sente no meu quintal. Ainda ontem delirava aqui por casa, pensando em voz alta sobre o fim ou a mutação das espécies, até da humana. Percebo nada de biologias, mas tenho uma ligação telúrica que assumo cada vez mais orgulhosamente.
Como dizia o Fernando Savater, que descobri recentemente e cuja leitura recomendo ou troco, "na memória, de resto, a felicidade é qualquer coisa como um poço de beatitude em que nada acontece e nada falta: um espaço em branco, mas um branco brilhante". E que bem sabe trocar memórias. A sopa da minha avó era de grão e massa, com uma linguiça unicamente saborosa e um cheiro de lenha que ainda consigo ir recheirando.
Já não tenho avós, mas ainda gosto de sopa e a minha filha também.
Abraço sem memória
maria

xavier ieri disse...

Não há que escrever muito ou pouco, não há que, sequer, responder.
Caso contrário surge como que uma obrigação, que mata tudo.
Diz-se quando apetece dizer.
É mesmo uma partilha.
Bom dia.
(p.s. Curiosamente, os meus filhos gostam imenso de "sopa de feijão e hortaliça".
Olha Maria, sabes como é que a minha avó fazia a sopa de grão e massa? Não punha a linguiça. Acrescentava no fim um bom ramo de hortelã e a sopa fica... eu sei lá... de comer e chorar por mais!)

DarkMorgana disse...

- Ó Piscas.
- Sim...
- Achas c'agente depois de fazer aquele curso de Mediador Penais, já pode ir aos workshops em guerrilha política?
- Dava muita jeito, não dava, Iscas?
- Podes crer...Fazíamos o Banco de Portugal num abrir e fechar de olhos!
- Numa Piscadela!
- Raptávamos para aí um peixe graúdo qualquer, na boinha!...
- E quem é que íamos raptar, meu?
- Hum...o Trócas-te!
- O Trócas-te? Ainda pensavam que tinham sido os juízes!
- Ná...isso só se homem morresse...
- E como nem há cheta para a judite investigar...
- Bruxo!
- Bem, ó "Iscas com elas", conta aqui, outra vez com o Piscadelas"

Elsa Gonçalves disse...

Ora bem!!! Entre outras coisas que terei pr'a troca...
tenho receitas mágicas com hortelãs, coentros e afins...
Quando quiseres...trocamos.
Mas hoje com a lei da rolha....cumpro direitinho! Só falo se me pedirem...muito!!!
Fica bem Xavier!
Boa noitinha

Cleopatra disse...

O Xavier, não sei porquê, acho que de repente descobri que o conheço de qualquer lado...Será que estou enganda???

xavier ieri disse...

Confesso que não tenho comigo a minha bola de cristal... portanto, não posso saber.
Mas se disser a senha e eu a contra-senha é porque tivemos um tempo e um espaço comuns algures...
Ora, diga lá a senha.

Eva disse...

Receitas com ervinhas, sobretudo com coentros, eu também quero Maria. Como eu adoro os sabores alentejanos. O alentejo mi mata - E aquela costa!! Fabulosa. (Ops! Xavier desculpe lá a intromissão)

Obrigado por me deixar "lincá-lo".
Depois da Páscoa já vou tratar disso.

Um beijo

Eva

xavier ieri disse...

CHIÇA!!!!!
E eu é que sou excêntrico??????????