segunda-feira, janeiro 26, 2009

A GRANDE CAMPANHA

Na senda do tremendo sucesso que foi a campanha Allgarve, os políticos que temos tudo fazem para dar ao Mundo uma imagem de Portugal que será lembrada por gerações...


ALLGRAVE



POORTUGAL
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sexta-feira, janeiro 23, 2009

PORREIRO, PÁ!

Parece que houve milhões que mudaram de mãos, quais luvas, para tornar possível aquilo que era inadmissível.

Parece que um ministro esteve envolvido.

Parece que um tio de um ministro teve um encontro imediato de terceiro grau com umas offshores.

Parece que um escritório de advogados (o escritório Cândido da Purificação Branquinho Sem Mácula) consultou a Wikipédia para saber o que é uma offshore e apurou o conceito de "interface".

Parece que uns autarcas (aqueles sujeitos que, por eleitos, agem como donos do território) também tinham frio nas mãos.

"Tá bem! Tá bem!" dirão vocemessês.

"E qual é a novidade?" perguntarão.

E perguntam muito bem.

Na verdade... novidade, novidade... nenhuma!

Estamos todos carecas de saber que parece que estes parecimentos parecem ser os mesmos que parece que aparecem em todo o lado.

Acontece que a PGR anda a investigar.

E parece que fez buscas na casa do tio, no escritório dos cândidos e o mais que ainda não se sabe.

E é aqui que a porca torce o rabo.

Má investigação, pá! Má investigação!

Tal como no "Casa Pia", andam todos a investigar no sítio errado, pá!

Toda a gente sabe que deveriam pedir um foguetão aos americanos (agora, o Obama até nem diria que não), para enviar uma equipa de investigadores a Marte!

Sim! A Marte!

Porque é em Marte que estão os culpados!

Tão certo como três mais dois serem praí uns cento e vinte, nas contas do governo quando apresentam resultados da "governação".

quarta-feira, janeiro 14, 2009

REPTO

PRIMEIRO, A PROVOCAÇÃO MANIQUEÍSTA:

Nos regimes ditos democráticos ganham eleições os partidos cuja máquina de propaganda seja mais eficaz.

A máquina de propaganda mais eficaz é, em regra, a que é suportada por maiores quantidades de dinheiro (de origem controlada e de origem desconhecida e não controlada, pois para isso existe uma lei de financiamento dos partidos políticos feita por medida, uma espécie de calçada portuguesa com covas de lobo).

Uma vez no exercício do poder, o partido ganhador governa na lógica da satistafação dos interesses que suportaram a sua eleição e na lógica da manutenção do poder.

O interesse público é mera retórica traduzida em discurso semântico destinado apenas a inscrever um exercício de poder corrupto num registo de legitimação da governação.


AGORA, O REPTO:

Devem os portugues sacrificar o idealismo axiológico, a busca da construção de uma sociedade justa, igualitária, solidária, em troca da possibilidade de participação, ainda que alternadamente (dependendo da cor partidária), no banquete dos abutres partidários?

Ou dito de outro modo:

Devem os portugueses lutar por um mundo melhor ou resignarem-se à idéia de que é mais vantajoso integrar o bando de abutres e partilhar do saque?

Ou dito ainda de outro modo:

Devo abdicar dos valores em que acredito porque uma amiga da prima do meu marido é assessora do presidente da câmara e eu sei de antemão que o meu pedido de licenciamento de construção em zona proibida vai ser ,ainda assim, aprovado?

Ou dito de outro modo:

Devo abdicar dos valores em que acredito e fazer uma fellatio ao senhor director em troca de uma promoção?

Ou dito de outro modo:

Devo abdicar de ser uma pessoa humana e passar a ser um carneiro com promessa de redil dourado?

Ou dito de outro modo:

Devo caminhar erecto ou rastejar?


O maniqueísmo da provocação e o repto em degradé essencialista e degradante, só por si, perturbam o suficiente para afastar comentários.

Ou talvez não...

De qualquer forma, sintam-se livres para alinhavar umas respostas, pois este é um repto directo aos leitores deste blog (zito).

quinta-feira, janeiro 01, 2009

2009

Um novo ano pode ser um tecido branco no qual se intenta cerzir as esperanças, os sonhos, as utopias.


Por vezes, apenas o impossível.

Tradicionalmente, o desejo comum é o de melhorias. De tudo!



Este não será diferente, a esse nível.



No entanto, o ano de 2009 será um ano dramático!



Não porque a crise vá, previvisivelmente, agravar-se ou por qualquer outro motivo mundano.



2009 é ano de eleições várias (europeias, autárquicas, legislativas).



Os Portugueses, os que votarem, irão escolher.



Porque votar é escolher (sim, é óbvio, eu sei que é óbvio; mas, por vezes, é necessário dizê-lo em voz alta. É que há por aí muito bovino que, sem consciência da escolha, apenas sufraga a voz do dono).



O verdadeiro drama é este: Os Portugueses de boa fé a que reste um átomo de ânimo para ir às urnas vão saltitar de bosta em bosta e de bosta em mais bosta, numa escolha insana...

Em qualquer cenário, à direita, ao centro e à esquerda, estão atolados em trampa!