domingo, dezembro 02, 2012

MIXÓRDIA: CARNE PICADA À ALEMÃ (receita caseira)

Fomos conduzidos pela mão de decisores políticos corruptos e outros bandalhos até à bancarrrota.

Estamos a ser conduzidos pelo amigo e amigos da onça (com M).

Vemos, ouvimos e lemos e não podemos ignorar isto:

1- Assistimos à decadência industrial e, logo, porque sem alternativa imediata, económica e social da Europa;

2- Assistimos ao erigir do império asiático, com a determinante e também consequente deslocalização da produção para esses países.

3- Assistimos ao reforço da autonomia energética e económica dos USA e à degradação da NATO (relutância e mesmo desinteresse dos USA em tomar as dores de outros, por enquanto e enquanto não são ameaçados directamente).

4- Verificamos que a Europa só tem um caminho: Tornar-se competitiva face aos emergentes mercados e indústria asiáticos.

Como fazê-lo?

É aqui que entram os papalvos como os países do Sul da Europa e a Irlanda, países que, pelos conhecidos motivos, se deixaram enredar nas teias da bancarrota e da necessidade de assistência financeira.

Ooohhhhhhh! Maravilhosa oportunidade que permite às merkel desta Europa alcançar por via económica-financeira aquilo que noutros tempos seria alcançável por via militar, ou seja, uma espécie de colonização dos países do Sul pela arma financeira, como forma de viabilização do estilo de vida do Norte da Europa.

Como?

1º dos passos: O coelho! Em Portugal, o coelho! O coelho viabilizador, o amigo da onça (com M de merkel) com agenda ideológica!

2º dos passos: Introduzir alterações profundas no sistema desses países por forma a dotar os respectivos sistemas fiscais e de justiça de altos níveis de eficiência (garantia de futura ausência de entraves) e, especialmente, as leis laborais a fim de permitir o abaixamento dos níveis salariais e dos custos de produção associados;

3º dos passos: Assim que os custos de produção nestes países do Sul + Irlanda se tornar competitivo face aos produtores asiáticos, ocorrerá a deslocalização da produção do Norte para o Sul da Europa (e aqui se encontrará o agri-doce do resultado: haverá trabalho, sim! Por tut'imeia e mesmo meia tuta, mas haverá trabalho!)

Bom apetite.

E já agora: Cuidado! Não se empanturre, porque a receita apresenta uma ENORME toxicidade!

sexta-feira, setembro 28, 2012

COPROLALIA DEMO CRÁTICA

Cracia do demo ou mais prosaicamente democracia é, dizia Alguém, a pior forma de governo, exceto todas as outras que têm sido tentadas de tempos em tempos." (Sir Winston Churchill).

Ou seja, fazendo o pino, de entre as formas copro diarreicas de governação, a democracia tem a consistência necessária a uma forma fálica (vulgo: cagalhão).


Acaba por ser uma espécie de enrabadela de dentro para fora (lá está: É a pior forma de enrabadela, exceto todas as outras que são de fora para dentro).


Pura matemática.


O voto dito democrático permite, assim, conferir legitimidade formal a qualquer badameco, qualquer corrupto ou mesmo (e, em regra, simultâneamente,) a qualquer filho-de-puta.


Esta patologia congénita da dita democracia carece de compensação, para ser minimamente eficaz do ponto de vista da sua adequabilidade enquanto forma de governo.


A compensação pode, quiçá deve, ser efectuada com a ação direta dos votantes.


O problema que se coloca é saber quais as ações diretas que podem produzir os desejados efeitos de correção da patologia.


Eu também não sei.


Mas sei que ao longo da história sempre constituiu direito natural dos povos confrontar e até afastar o príncipe quando este ofendia o povo e todos aqueles que era suposto defender com a sua governação.



E também sei que não seria de todo descabido uma ação direta sobre os eleitos que não respeitam o povo, com arremesso à cara dos tratantes da copro matéria, ou seja, com um bom rolo de democracia.


Viva a demo cracia!!! 

sexta-feira, junho 15, 2012

O PARADOXO DE PASCAL

Hoje o dia está cinzento e apetece-me filosofar.

Entre, seguramente, muitos outros, há um problema grave na estruturação dos mecanismos da democracia portugesa: A decisão política não é efectivamente controlada pelos restantes órgãos do Estado, ao que se associa a impossibilidade de sindicância desse tipo de decisões.

Todo o controlo efectivamente existente se situa no plano puramente formal e abstracto (o voto não é, seguramente, instrumento suficiente para tanto, pois, no quadro político-partidário português, apenas se destina a escolher alguns de entre o leque de potenciais corruptos e ladrões).

E boa parte desse plano formal é desenhado e sistematicamente alterado pelos partidos da situação, quer enquanto deputados, na aprovação das leis, quer enquanto membros do governo, na acção legiferante através de decretos-leis, portarias, despachos normativos e demais medidas normativas.

É que, não esqueçamos, o poder executivo tem, em simultâneo com esse poder, as rédeas de parte importante do poder legislativo com amplitude tal que lhe permite conformar normativamente, previamente e à posteriori, os desvarios e subversiva intencionalidade das suas decisões políticas executivas.

Aquilo que no desenho constitucional seriam instrumentos de governação pode transformar-se, nas mãos de políticos sem escrúpulos, em instrumentos de corrupção.

Portugal dos últimos anos, para não ir mais longe nem mais perto, é bem o exemplo disso.

O decreto-lei, a portaria, o despacho normativo, como instrumentos normativos formalmente válidos e cujas respectivas decisões políticas são insindicáveis, podem assim ser usados impunemente para conformar quadros normativos e decisórios que, à vista de todos, suportam, permitem e conformam todo o tipo de situações gravosas para o interesse público e altamente lucrativas para os verdadeiros e subterrâneos interesses que presidiram à respectiva tomada de decisão ou adopção. 

Com tais instrumentos nas mãos de gentalha sem escrupulos o regabofe é total, pois a decisão política, repartida pela formalidade dos instrumentos associados à tomada de decisão, cria um dédalo intrincado de decisões, normas legais, procedimentos administrativos e cláusulas contratuais praticamente impossível de controlar ou sindicar nas suas vertentes substantivadas ou materializadas, com a respectiva disseminação das responsabilidades.

As situações daí decorrentes, quando visíveis e denotantes de viciação, acabam por ser desvalorizadas, despidas que se apresentam do atinente contexto holístico, ou então acabam por ser legitimadas aos olhos de todos pela afirmação da sua mera conformação formal pontual, mas ignorando a viciação de substância que é relegada para o plano do esquecimento e de que já ninguém cuida, obnubilada e mesmo branqueada pela formalidade imaculada e cilindrada por cândido discurso político.

No fundo, mutatis mutandis, é o caso paradigmático de alguém que afirma ser inocente da prática de um crime, esgrimindo como fundameanto da sua inocência a respectiva prescrição (nem sei porque me lembrei agora do isaltino morais).

Eis, pois, o perigo de entregar poder legiferante, sem efectivo controlo,  assente em decisão política insindicável a gentalha pertencente a grupos de interesses que utilizam o Estado (o nosso dinheiro) a seu belprazer, subvertendo a democracia e lançando a infelicidade sobre milhões de cidadãos em favor de meia dúzia ou dúzia e meia.

Mas não se esqueçam de que a história por vezes se repete e julgo ser necessário estar atento, pois, com pezinhos de lã, uma democracia pode ser asfixiada e tomar novos contornos, novas formas de autoritarismo que, fugindo ao figurino clássico de contornos nítidos, se mostram agora formalmente indefinidos mas substancialmente totalitários nas suas consequências práticas para os cidadãos.

A democracia em Portugal tem vindo a ser e continua a ser subvertida.

Lembrem-se de Pascal, o filósofo jansenista, cujo paradoxo serviu de base à fundação dos sistemas totalitários modernos, as civilizações do mal, como por vezes são conhecidas, e que a qualquer momento podem voltar:

"É perigoso dizer ao povo que as leis não são justas, pois ele apenas lhes obedece porque as crê justas.
É por isso que é preciso dizer-lhe, ao mesmo tempo, que deve obedecer-lhes porque são leis, como se deve obedecer aos superiores, não porque eles são justos, mas porque são superiores.".

Actualmente, e segundo creio, a remessa que Pascal efectua para as leis inscreve-se num quadro com primazia para a decisão política e é agora esta que é inquestionável, não por ser justa, mas por ser superior, em múltiplas vertentes de superioridade travestida (convém não importunar a idéia de democracia), desde a aparência de inevitabilidade até à invocação de uma legitimação pelo voto que, no discurso político, parece tudo permitir.

No plano externo, designadamente europeu, também isto tem interessantes relevâncias.


O exemplo é a imposição das medidas de governação interna imposta pela troika dos credores aos países em situação difícil.

E é por tudo isto que eu entendo que a srª merkel,  com a superioridade da sua decisão política (que impõe aos restantes decisores políticos europeus), visa alcançar a hegemonia económica conducente a uma hegemonia política (e o mais que por arrasto vier) e que escapou a hitler por via militar.

xavier

sábado, junho 02, 2012

PPP

Neste blog, por vezes de forma desbragada é certo, tenho vindo a denunciar a podridão que grassou (e grassa ainda) na vida pública portuguesa, por mãos político-partidárias, nos últimos 7 anos (pelo menos), com os governos do partido socialista e do energúmeno do tal sócrates e sua quadrilha de ladrões.
José Gomes Ferreira  é jornalista e economista, de visão arguta, e de há muito que vem pondo o dedo na ferida, de forma destemida.
Ouçam, quanto às PPP:
http://youtu.be/7HuWL0YX7dY


Vão ser anos e anos de sofrimento para tantos e tantos portugueses, como já está a ser e vai piorar....

E mais profundamente vejam aqui:
http://youtu.be/OGk7HWgiTHw

quinta-feira, maio 24, 2012

TOMATES, É A NORTE!

Já dizia o Miguel Torga:

"É um fenómeno curioso:

O país ergue-se indignado, moureja o dia inteiro indignado,
come, bebe e diverte-se indignado,
mas não passa disto.

Falta-lhe o romantismo cívico da agressão.

Somos, socialmente, uma colectividade pacífica de revoltados."

terça-feira, maio 08, 2012

MIXÓRDIA DE MERDICES

1.
O soares, à boleia da vitótia de Hollande e da sua promessa de se virar para o crescimento económico em detrimento das medidas de austeridade, apressa-se a lançar achas para a fogueira do ps, pressionando a insegurança do seguro.
É como um cobarde, acobardado perante o adversário que, julgando ter o apoio de alguém, cresce na arrogância ao julgar sentir as costas quentes.

2.
cria-se um movimento, surdo mas crescente no cerco aos corruptos e à corrupção e, embora acabe tudo morto na praia como habitualmente neste país, o filho da puta do sócrates (quase vomito a escrever o nome do monte de merda) talvez seja incomodado o suficiente para o expôr àqueles ceguetas que ainda não viram o bandalho que o filho da puta é. 

3.
Sempre aqui defendi e escrevi várias vezes que Portugal é tão produtivo como qualquer outro país do seu campeonato e que o problema é simplesmente não ser capaz de produzir para tanto ladrão.
A pouco e pouco, esse retrato vai-se tornando muito claro.
Hoje não há português que não saiba (excepto os que não querem saber) que foi a corrupção e a roubalheira perpetrada pelos filhos da puta da classe que toma decisões políticas e administrativas os únicos responsáveis pela bancarrota e o sofrimento de milhões de pessoas neste país.
Serão anos e anos de sofrimento para tanta gente, apenas porque andava tudo "distraído" enquanto éramos assaltados por aqueles que deveriam governar segundo o interesse público.
Quem tem os genes das Gentes do Norte, como eu, não vai lá com calma, nem caldos de galinha, nem processos crime, nem o caralho.
Eu, por mim, fodia-lhes as trombas à porrada até vomitarem a alma criminosa! (a alma não, que estes merdas nem alma têm. Até vomitarem os dentes! Todos!).

4.Aaaaaahhh... já me sinto um pouco melhor.

Boa noite.

quinta-feira, abril 26, 2012

PORNOGRAFIA POLÍTICA

Qual a solução para a INCOMPETÊNCIA (eufemisticamente falando de um plano bem urdido pela classe dominante)?


Só vislumbro uma!


Em abstracto. Pois em concreto é de muito difícil ou quase impossível implementação:


A solução virá pela mão da educação, da cultura dos valores sociais, dos valores humanos.


Começa nas famílias. No entanto, como podem as famílias dar o que não têm?


Começa nas escolas. No entanto, como podem as escolas dar o que os dirigentes políticos não querem?


E se pensam que é apenas este maluco excêntrico a dizer estas merdas, vejam isto:

"A actual classe dominante nunca será capaz de resolver a crise, porque ela é a crise!


E não falo apenas da classe política, mas da educacional, da que controla os media, da financeira, etc.


Não vão resolver a crise porque a sua mentalidade é extremamente limitada e controlada por uma única coisa: os seus interesses.


Os políticos existem para servir os seus interesses, não o país.


Na educação, a mesma coisa: quem controla as universidades está ali para favorecer empresas e o Estado.


Se algo não é bom para a economia, porquê investir dinheiro?


Nos media o mesmo.


Sim. No geral, os media já não são o espelho da sociedade nem informam de facto as pessoas do que se está a passar, existem sim para vender e vender e vender.


E as consequências estão à vista.


Pois, estamos a assistir à desintegração da sociedade."

Rob Riemen, filósofo holandês

quarta-feira, abril 25, 2012

DA LIBERDADE À INCOMPETÊNCIA NACIONAL

Hoje, 25 de Abril de 2012, celebra-se a liberdade e constata-se a incompetência de um povo inteiro.

Incompetência, por não ser capaz de se organizar enquanto Estado de Direito;

Incompetência, por não ser capaz de firmar um desígnio nacional, um rumo para o país (e não para os interesses dos políticos e dos seus partidos);

Incompetência, por não ser capaz de erradicar o cancro da sociedade portuguesa, os partidos políticos que temos tal como são;

Incompetência, por não ser capaz de perseguir criminosos, apenas porque são figuras públicas e inscritos em partidos políticos;

Incompetência, por se levar a si mesmo, um povo inteiro, à miséria, apesar dos milhões e milhões de fundos comunitários dados a fundo perdido;

Incompetência, porque as suas boas qualidades são preteridas em favor de um pensamento mesquinho, menorizado, chico-esperteiro, golpista;

Incompetência, por não conter pessoas suficientemente honestas,  axiologicamente orientadas ao bem comum e ao interesse público, estruturadas e capazes de, com sentido de Estado,capacidade e competência, governar o país.

Verdadeiramente, enquanto povo, somos todos nós incompetentes:
Somos cidadãos incompetentes!
Somos votantes incompetentes!
Somos uma sociedade tão incompetente em vertentes tão importantes que, prova provada, fomos conduzidos , ou seja, conduzimo-nos, a nós próprios, à bancarrota!

E, em paralelo com o melhor, fomos quase sempre capazes do pior e quase sempre fomos incompetentes ao longo da história.

Desde o séc. XV, o império asiático manteve Portugal a flutuar, mas apenas para uma certa classe social e política.

Depois, o Brasil, o seu ouro e açucar manteve Portugal a flutuar, mas ainda e apenas para uma certa classe política e social, pois não foi capaz de se modernizar utilizando essa riqueza, numa altura em que as sociedades europeias se modernizaram tremendamente.

Depois o império africano manteve também Portugal a flutuar e ainda, neste caso, sem verdadeira infra-estruturação da economia do país (viva o Fontes e pouco mais...), continuando a beneficiar uma certa classe política e social em detrimento do país, cada vez mais desfasado da modernidade europeia.

Finalmente, a comunidade europeia, donde jorraram biliões, manteve Portugal a flutuar e permitiu criar uma rede de estradas, a maior da europa em termos relativos, e pouco mais.
Permitiu ainda destruir a agricultura e as pescas.
Permitiu aos portugueses serem aquilo que são, aquilo que somos: Uns chicos-espertos contentíssimos por enganar a Europa, enganar o fisco, enganar o vizinho...

Afinal, enganar-se a si mesmo.

A chico-espertice deu nisto: A bancarrota.

Eis Portugal em 25 de Abril de 2012: Um país incompetente recheado de incompetentes, em bancarrota!

Um país infeliz e de infelizes.

Não me venham com o discurso de que há coisas boas e de que temos de olhar para as coisas boas...

Claro que há coisas boas!

São as nossas boias de salvação.

Mas, tal como aconteceu no Titanic, parece que não chegam para todos...

De pouco servem àqueles que sofrem o agravo de tanta incompetência!

INCOMPETÊNCIA! (Belo eufemismo, não?)

quinta-feira, abril 19, 2012

INCOMPREENSÍVEL!!!

Apenas dois países NO MUNDO INTEIRO têm expectativa pior do que a portuguesa no tocante ao crescimento da economia.
(Crescimento é, neste contexto, um eufemismo para uma economia que para chegar ao nível do chão já tem que subir a um banco...)
Há algo de profundamente errado com este país, talvez com este povo, enquanto tal, pois individualmente parece que somos uns gajos porreiros... tirando uns filhos-de-puta que por aí andam...

Adiante...

O que verificamos é que a economia não funciona num país como o nosso, por motivos que se afigura ultrapassáveis:
O problema do sistema fical confiscatório, predador, gerador de incerteza e insegurança;
O problema do sistema de justiça inoperacional, por exemplo, pela sua anquilosidade adjectiva quanto ao cível e administrativo, e, por exemplo, ineficácia do Ministério Público quanto ao crime (ineficácia é também um eufemismo...)
O problema de um sistema administrativo burocrático, partidarizado, cheio como um ovo de pequenos-grandes poderes que atravancam e corrompem;
O problema da ausência de verdadeira actuação reguladora do mercado nas áreas da regulação.

Numa palavra: O problema da ausência de dirigentes capazes de identificar os problemas, identificar o desígnio nacional e operar a mudança.


Mas deixemos isso, pois o que pretendo é vomitar apenas isto:

Num primeiro momento deste governo, afigurava-se que as medidas tecnocratas e as contas de merceeiro do ministro das finanças faziam algum sentido, pois, por exemplo, os funcionários públicos são simplesmente, nessa lógica, despesa pública e, por outro lado, os pensionistas são apenas despesa para o sistema da segurança social.
Havia que cortar na despesa do orçamento.

No entanto, à medida que vão avançando mais medidas, todas no mesmo sentido e com os mesmos destinatários, verifica-se que são estes dois grupos, quem mais gravemente suporta os efeitos da crise e das medidas de extrema austeridade tomadas, aliás, duplamente agravados, em termos gerais como os demais portugueses e em termos especiais enquanto despesa a cortar.

Todavia, por mero exemplo, as parcerias público-privadas, correspondendo à maior falcatrua que Portugal já conheceu, efectuada com instrumentos formalmente válidos, constituem, e vai agravar-se exponencialmente a partir de 2014, a fonte do descalabro financeiro, o carrasco do orçamento, o coveiro do país.

E, no entanto, nada se faz quanto a essa despesa.

A questão é esta: Sendo as parcerias público-privadas fonte de despesa gravíssima para o orçamento, porque motivo é que, com os mesmos argumentos utilizados para suprimir e cortar salários e pensões, este governo não corta nessa outra despesa?

Não se compreende, nem nada relevante o justifica!!!

É que, cortando nos salários e pensões, lançam-se milhares senão milhões de pessoas para situações de miséria, de pobreza, de incapacidade de solver as suas dívidas, de tristeza, de angústia, de infelicidade.
É uma questão humana!!!

Todavia, se se cortassem os tremendos benefícios (remunerações do capital que alcançam 17%, sem riscos) que decorrem dos contratos muito bem mal feitos nas parcerias público-privadas, apenas eram atingidos os merdosos que tiveram como parceiros de crime de lesa-país os governantes filhos-de-puta que decidiram tais obras e assinaram tais contratos.

Como pode este governo ser tão insensível?

Verdadeiramente, é tudo farinha do mesmo saco: Um bando de cretinos, incapazes, incompetentes, oportunistas medrosos e merdosos!

E... não acontece nada neste país do faz de conta...

Nem sei se hei-de rir se hei-de chorar...

...é que não me apetece ficar indiferente e sinto-me de pés e mãos atados...

quarta-feira, abril 11, 2012

COISAS QUEMATORMENTAM!

Mário Soares foi apanhado no dia 3 de Abril pelo radar do Destacamento de Trânsito de Leiria da GNR a circular a 199 km/hora na A8.
O ex-presidente da República era conduzido pelo motorista, numa viatura oficial.
O veículo, em nome da Direção-Geral do Tesouro e das Finanças, seguia no sentido sul-norte e foi mandado parar na área de serviço seguinte.
Quando os guardas se aproximaram, o ex-presidente foi "bastante mal-educado", e no final "disse que o Estado é que ia pagar a multa, pelo que a carta do condutor ficou apreendida", contou fonte da GNR.


Questão fundamental:
Como é que alguém com a alegada «estatura moral e cívica e política e-eu-sei-lá-que-mais» tem uma reacção destas?

Resposta:

Porque essa é a sua verdadeira natureza!    
Mário Soares não tem a «estatura» que se diz que ele tem (não seria necessário este acontecimento para se poder concluir assim, pois alguém que nunca foi boa rês não passa nunca de um bovino atarracado que de quando em vez marra (foi este indivíduo que decidiu abandonar à sua sorte os milhões de pessoas que viviam nas ex-colónias portuguesas, tanto portugueses como naturais daquelas terras, sem cuidar de operar uma transição pacífica, humana, civilizada).

Além disso, o que se poderia esperar dum fulano que pertence ao partido dito socialista português que pariu o ser-mais-abjecto-de-que-há-memória-e-que-está-em-paris-boquiaberto-com-a-facilidade-com-que-conseguiu-enganar-endrominar-e-positivamente-foder-um-povo-inteiro?

Problema conexo:
Saída a notícia, logo se ouviram uma vozes contra... contra a GNR!, pelo facto de ter relatado que o fulanito tinha sido "bastante mal-educado" e ter dito que "o Estado é que ia pagar a multa".

Portanto, apesar da gravidade da actuação do fulanito (afinal, é um ex-presidente da República), estas vozes públicas levantaram-se contra a GNR!!!

Nada de novo, se pensarmos que o Cavaco denunciou o dito sócrates por deslealdade institucional e a maior parte dos fazedores de opinião virou-se contra ele, Cavaco, por ter feito a denúncia, mas nem uma palavra quanto ao comportamento do monte de esterco dito sócrates.


"É o povo, pá!"


E e´!


É este povo que tem o que merece!!!




sábado, março 17, 2012

CADA CAVADELA, CADA MINHOCA!!!!!!!!!!!!

Desde a Parque Escolar até à eléctrica, desde as estradas até à Refer, municípios (quase todos) e demais institutos e empresas públicas e de capitais públicos, está tudo minado!
Já sabiamos.
Mas voltamos agora a saber.
Como pode Portugal sobreviver a tanta roubalheira, a tanto sanguessuga, a tanto filho-da-puta!!!???
Para onde vai este país?
Ninguém sabe!
Sabemos que uma boa parte da massa cinzenta mais capaz simplesmente sai do país.
Não estará na hora de acontecer uma merda qualquer?!?!?!?!?

domingo, março 04, 2012

PONTO DA SITCOM, perdão... DA SITUAÇÃO...

passos pouco seguro.
seguro dá passos para lado nenhum.
ambos não dão cavaco.
e cavaco não se mostra seguro nos passos.

entretanto,
o povo português marca passos,
sabe que o seguro
não morre de velho nem aquece o lugar
e decide não dar cavaco a cavaco.

em boa verdade,
a coisa é mais profunda:
cavaco não é
mas apenas um graveto,
o passos não anda,
mas apenas gatinha,
e do seguro
é seguro a insegurança.

isto é que vai uma crise!!!!?

quinta-feira, março 01, 2012

FILOSOFIA CONSTATATÁRIA OPERANTE

Limita-se a constatar, é verdade, mas a questão é meritória.

Ora, pensem lá nisto, debitado pelo Bob Marley:

PARA QUE LEVAR A VIDA TÃO A SÉRIO
SE ELA É UMA ALUCINANTE AVENTURA
DA QUAL JAMAIS SAIREMOS VIVOS!?

quinta-feira, fevereiro 09, 2012

A PERENIDADE DA MUDANÇA

Viver é evoluir em permanência.
Constantemente.
Microsegundo a microsegundo.

Quando a evolução é de matriz lenta, em ciclos que se aproxiam dos ciclos naturais de vida, a mudança é pouco notada.

Sobretudo, tal mudança é absorvida, reintegrada na evolução consabida, constante e necessária.

Na vida!

Não é assim nos tempos que correm.

Os ciclos de mudança, de tão acelerados e próximos, permitem, à vista de um, vislumbrar o outro.

E, na comparação, identificam-se claramente os sinais da mudança, do velho e do novo paradigma.

Nada de novo.

Evoluções de síncope e clivagens ocorreram, seguramente, em todas as épocas e em todas as civilizações.

Então o que há de novo?

Há essencialmente uma sociedade de consumo.

As pessoas são o que consomem.

E são enquanto consomem.

Quem não consome não existe.

O consumo é a medida de todas as coisas.

E a sociedade de consumo não descansa nem desiste de nos lembrar isso mesmo, todos os dias.

Quando uma evolução rápida põe em causa a sociedade de consumo, as pessoas ficam baratinadas.

De repente descobrem que os peixes afinal vêm do mar, as galinhas, do galinheiro, os tomates, da horta.

E não das prateleiras de um qualquer supermercado.

De repente, o sistema capitalista, mercantilista, de consumo em massa, apresenta todas as suas fragilidades.

Tão frágil quanto as pobres almas dos seres humanos, expostos aos elementos da natureza que não controlam, por mais que que se convençam do contrário.

Vivemos numa época de grandes e profundas mudanças:

A sociedade de consumo aproxima-se do seu esgotamento.

A natureza impõe a sua vontade, com total desprezo pela evolução darwiniana, transformando os seres humanos e demais viventes em meras bolas de pingue-pongue num jogo maluco com um qualquer deus desvairado.

Creio que pouco há a fazer que não seja viver o dia a dia da forma mais prazenteira possível.

E deixar assentar a poeira.

talvez assim possamos descansar...

quarta-feira, janeiro 25, 2012

LIBERDADE

Nunca como hoje o ser humano foi MENOS livre.

Mesmo na democracia mais aparentemente democrátrica - especialmente na democracia mais aparentemente democrática - não há, simplesmente, liberdade!

Há apenas um certa idéia de uma certa liberdade , que não passa, afinal, de mero condicionamento social a uma idéia de exercício de um poder, pelo povo, através de um fenómeno de representatividade política que tudo tem menos de representativo e tudo é menos democrático.

Quão longe da realidade se revela, em cada e em todos os casos, essa idéia de liberdade.

A liberdade ideal pressupõe a perfeição humana, ou seja, uma liberdade para cuja vivência não é necessário responsabilidade.

A dimensão humana, felizmente imperfeita, impõe necessariamente a responsabilidade como factor da liberdade.

A simples constatação da irresponsabilidade individual e colectiva das sociedades modernas conduz-nos, inevitavelmente, à conclusão de completa ausência de liberdade no seio destas sociedades.

Há ou pode haver subsmissão (por medo, por idolatria, cobardia ou interesse mesquinho, por ignorância, por estupidez...), mas não há liberdade.

A liberdade pressupõe, para que o seja, uma consciência de liberdade.

Há ou pode haver rebeldes, mas na medida em que tal rebeldia permaneça balizada e contida nas fronteiras do que é tido como democraticamente admissível, não há liberdade, pois a rebeldia que ocorre no âmbito dos instrumentos do sistema padece necessariamente da mesma falta de liberdade.

Ser livre é agir segundo as suas próprias convicções e disposto, no mesmo passo e medida, a assumir a total responsabilidade por essa acção.

Tudo isto, SEMPRE, no quadro dos valores universais imanentes à condição humana, que é possível identificar sem atavismos de relativismo cultural.

Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e em direitos.
Dotados de razão e de consciência, devem agir uns para com os outros em espírito de fraternidade.
(Declaração Universal dos Direitos Humanos, artigo 1º)

Em sociedades mais abastadas, os cidadãos, as pessoas, alcançam satisfação das necessidades básicas e até de algum luxo, o que lhes permite relativizar ou sublimar o deficit de liberdade.


Em tempo de vacas magras, quando as vacas emagrecem na medida em que os pastores engordam... nota-se... e sente-se!


E como o sentem aqueles que ficam sem pasto!

As assimetrias que as nossas sociedades ditas democráticas provocam ou geram ou permitem é absolutamente contrária à idéia de liberdade.


E o ser humano só pode ser feliz em liberdade.


Vislumbro plantada na nossa sociedade, infeliz e prisioneira das elites, uma bomba-relógio.


E de pavio curto.


Algures e nalgum momento vai ouvir-se o grito do Ipiranga!

Não tanto "Independência ou morte" mas sim "LIBERDADE OU MORTE!"


As elites que se cuidem...

segunda-feira, janeiro 16, 2012

ESTOU AQUI A OLHAR PELA MINHA JANELA...

O sol aparece de um lado e desaparece do outro... todos os dias... pois assim se medem os dias... inexoravelmente.

Em termos universais, somos um quase-nada.

Em termos planetários, somos um tudo-nada.

Para o país, somos um número (se pagamos impostos), somos um custo (se recebemos prestações sociais), somos ignorados (quando indigentes), somos beneficiados (se o colarinho for branco).

Verdadeiramente, somos importantes para meia dúzia (ou dúzia e meia) de pessoas, normalmente familiares e, vá lá, um amigo (talvez dois).

Tudo o mais são claras batidas em castelo: Ao fim de algum tempo liquidificam e esvaiem-se por um qualquer esgoto...

A vida, e tudo nela, é periclitante, inexoravelmente periclitante.

E, paradoxalmente, é a perenidade dessa periclitância que nos confere uma dimensão ontológica e espiritual, que nos garante o regresso ao pó.

xavier

quarta-feira, janeiro 11, 2012

O DILEMA DE UM TETRALEMA QUE REVELA SER MERO TRILEMA

Ou é da minha vista ou o Passos acabará como o Guterres.

A páginas tantas, perceberá que lhe resta uma de três vias:

Ou abandona o pântano

ou se afoga nas águas inquinadas!

Ou assume que faz parte da lama podre!

Há uma quarta via, mas essa está reservada aos grandes estadistas:

Pulso de ferro!, mas forjado pelos valores humanos mais preciosos.

domingo, janeiro 01, 2012

ESPERANÇA, a matéria de que são feitos os placebos

Não uso bola de cristal, nem o tarot, e nem as folhas de chá ou búzios me influenciam o pensamento.

Limito-me a obervar e a pensar sobre os factos.

Os últimos, de vulto, que conduziram à roubalheira de que todos nós fomos alvo, foram identificados em tempo real aqui neste blog, na mesma altura em que os ladrões alcançavam maiorias políticas juntos dos estúpidos cidadãos deste país.

Basta ver o arquivo e as respectivas datas para o confirmar.

Nessa linha de actuação, ou seja, de observação e interpretação dos factos, vislumbro o seguinte:

O destino de Portugal não depende tanto da actuação (positiva, entenda-se, já que a negativa apenas afunda...) de todos nós, mas antes vai depender do gigante asiático e, sobretudo, da forma como os países ocidentais lidarem com a situação.

A China está a tornar-se numa potência hegemónica.

E como imporá o seu poder?

Militarmente? Afigura-se que não!

Com o melhor de dois mundos (o comunista, que mantém os cidadãos debaixo de um jugo totalitarista; e o capitalista, que lhe confere o poder do dinheiro e dos mercados), a China vai impôr, não à força mas naturalmente, o seu modelo de produção.

E impor-se-á a todos facilmente com poderio financeiro e de mercado, pois tem as matérias-primas e a população num estadio histórico que há muitas décadas foi ultrapassado já nos países ocidentais.

Se não for eficazmente contrariada, a China vai impôr, naturalmente, um modelo de produção que não tem paralelo em nenhum país ocidental capaz de se lhe equiparar e, para sobreviver na economia global, o resto do mundo vai ter de pautar-se pelo paradigma chinês.

Nesse cenário, o ocidente vai dizer adeus ao estado social, às leis laborais protectoras, ao lazer democratizado.

A necessidade de sobreviver vai impor a cada país a mudança para o paradigma chinês no seu pior, ou seja, uma sociedade composta por dois mundos:

Os da mó de cima, pertencentes aos aparelhos do poder e aos interesses económicos que os suportam;

Os da mó de baixo, a grande maioria, regressados a mundo de trabalho equiparado a trabalho escravo (maior quantidade de trabalho e menor remuneração), mas agora despido do desvalor do respectivo estigma moral.

Pelo contrário, vai começar a fluir no discurso político e no discurso ético dos fazedores de opinião do regime, uma moral e uma ética do trabalho que justificará aos olhos de todos (e dos próprios da mó de baixo  até!) a nova forma de escravatura.

Não será de sopetão, mas antes paulatinamente, de inevitabilidade em inevitabilidade.

E repare-se como esse modelo se ajusta tão bem Às elites ocidentais, sedentas de dinheiro, de poder e de escravos.

A solução?

Para já, não faço a mínima idéia.

Do ponto de vista individual parece-me simples: Voltar ao básico, ao essencial.

Quem puder, adquira ou regresse à sua pequena courela, plante umas couves e semeie umas nabiças.

Dará menos trabalho do que ser pauperrimamente remunerado por trabalho excessivo, com vista a comprar umas couves ou umas nabiças.

E será sempre mais digno.