quarta-feira, janeiro 30, 2008

A BASTONADA

- Ó senhor bastoneiro da desordem... como é que eu lhe hei-de dizer isto... olhe... tiro-lhe o chapéu nessa coisa da corrupção!
- Pois...
- É preciso ter tomates, homem!
- Pois...
- Olhe que você tem-nos mesmo no sítio e...
- Já chega! Já chega!! F#*@&"+
- Ó senhor bastoneiro, ó senhor bastoneiro... Olhe! Venha cá! Não se vá embora...

quarta-feira, janeiro 23, 2008

O BASTONEIRO

- Ó senhor bastoneiro da desordem, o que acha que deve ser feito para acabar com a morosidade processual nos tribunais?

- Olhe, num país como este, em que os tipos utilizam adjectivos como "asnático" e falam, falam e não os vejo a fazer nada, pá, os gajos deviam ser pagos à peça!

- À peça?

-À peça!! "Recebes um tanto por cada sentença e mai nada!".

- Ó senhor bastoneiro da desordem, mas esse é o método tailorista aplicado às fábricas de chouriços!

- Atão, pois é... e depois?

- Acha que essa sua posição se coaduna com os direitos dos cidadãos a uma decisão judicial ponderada e célere?

- O quê?! De qué que tá a falar?

- Olhe lá: E se assumisse também o senhor bastoneiro da desordem que por cada causa que perdem os senhores não receberiam honorários? e por cada condenação de má fé pagavam do vosso próprio bolso? e por cada burrice que desse lugar a custas, condenados ao seu pagamento do vosso próprio bolso? e por cada...

- Já chega! JÁ CHEGA!!! f#%."*#&

- Ó senhor bastoneiro, ó senhor bastoneiro... Olhe! Venha cá! Não se vá embora...

TÍTERES

Homens com verdadeiro sentido de Estado e visão política (que não meros estados de espírito) não existem na nossa sociedade.
Mas esse nem é o pior aspecto da actual situação.
Pior é saber-se que, cada vez mais, os do poder e os pretendentes ao poder não existem, não são nada nem ninguem sem... as assessorias.
Seja lá do que for!
Seja lá o que isso for!
Certo é que o poder actual reside... nos assessores!
Eles, sim, ELES são o verdadeiro poder.
Os politicozecos da treta são apenas a sua longa manus.
Os animais políticos (sem ofensa, pois diz-se que o Homem é um animal político. E não fui eu que disse...) são fachada, homens de mão, testas-de-ferro de um submundo que tece as suas teias a seu bel-prazer.
Os verdadeiros políticos, se os houver, que se cuidem...

Não sei se é por isso que, por mero exemplo, as alterações legislativas últimas, em matérias várias, maxime penais, cada vez mais se assemelham a uma teia de aranha:
O mosquito é apanhado.
O moscardo perfura-a...

quinta-feira, janeiro 10, 2008

O CAMELO LATINO®

Ao contrário do Macho Latino®, o Camelo Latino® é algo efeminado, tipo: "Jamais! Jamais!®".

Progâmico!

Aliás, tal como os elefantes cor-de-rosa que por aí andam a causar estragos na coutada latina®, de cuja manada faz parte, o camelo latino® - também ele rosa - tem tendência para o disparate saltitante de nenúfar em nenúfar dos interresses instalados.

Não admira, pois, que o procaz otário engula o sapo progâmico: jamais! jamais!®

Eh, eh, eh...

terça-feira, janeiro 08, 2008

PORTUGAL COLORIDO

Desengane-se quem pensa que Portugal é um país cinzento.
Não é.
Reparem:
É verde de invejas;
É vermelho de raiva contida;
É azul do malfadado fado português;
É branco dos livros inúteis;
É laranja de incompetência;
É amarelo de medo difuso;
É violeta dos sopapos do poder instalado;
É negro de pobreza e miséria;

Bonito, não é?
...Ah!
E é rosa da cáfila controleira e liquidatária do país.

domingo, janeiro 06, 2008

GANÂNCIA, ARROGÂNCIA E PODER

Pois é: A arrogância do fulano é crescente.

O poder absoluto, o poder déspota de exercício impune, induz não só uma crescente postura de arrogância, prepotência, como também de ganância crescente de poder.

E não é um poder de exercício, ao menos !, inscrito nos valores e no respeito pelos valores de uma sociedade solidária e justa.

É a arrogância da lógica do poder e da manutenção do poder a qualquer custo, a lógica do manipulador, do maior da rua dele, porque simplesmente na rua dele não há ninguém que lhe faça frente.

Uma arrogância assim só existe porque os da rua dele estão preocupados (e ocupados) apenas em substituí-lo... na arrogância. No poder.

Ou será mesmo incapacidade?

Ou lama do mesmo atoleiro?

Ou caca da mesma bosta?

Portugal precisa de alguém que crie e permita que sejam criadas as condições de bem-estar social de que este povo carece e, certamente, merece; as condições de liberdade e responsabilidade na actividade económica, num plano de concorrência leal.

Em liberdade!

Portugal não precisa de mentirosos compulsivos, não precisa de chicos-espertos, finórios engravatados cujo hipotético sentido de Estado passa pelos interesses mais escusos, obscuros e doentios.

Portugal está cada vez mais parecido com uma prisão, o Governo cada vez mais parecido com uma direcção-geral de serviços prisionais e o primeiro-ministro cada vez mais um carcereiro!

E se não for apeado entretanto, será mesmo o seu carrasco...

MEDO? SEREMOS MESMO UMA CAMBADA DE CARNEIROS?

"Não sei se Sócrates é fascista. Não me parece, mas, sinceramente, não sei. De qualquer modo o importante não está aí.
O que ele não suporta é a independência dos outros, das pessoas, das organizações, das empresas ou das instituições.
Não tolera ser contrariado, nem admite que se pense de modo diferente daquele que organizou com as suas poderosas agências de intoxicação a que chama de comunicação.
No seu ideal de vida, todos seriam submetidos ao Regime Disciplinar da Função Pública, revisto e reforçado pelo seu Governo.
O primeiro-ministro José Sócrates é a mais séria ameaça contra a liberdade, contra a autonomia das iniciativas privadas e contra a independência pessoal que Portugal conheceu nas últimas três décadas.
Temos de reconhecer: tão inquietante quanto esta tendência insaciável para o despotismo e a concentração de poder é a falta de reacção dos cidadãos.
A passividade de tanta gente.
Será anestesia?
Resignação?
Acordo?
Só se for medo..."

António Barreto in Público de Domingo 6 de Janeiro de 2008.

(a relevância rosa é nossa)