sexta-feira, julho 15, 2011

PERDER LASTRO, RAPIDAMENTE E EM FORÇA!

Estou com o meia-leca do Mendes:

Ou estes gajos tomam desde cedo as medidas que se impõe tomar, mesmo para além do imposto pelo acordo com os credores, ou, se mal estamos, pior ficaremos!

E ou o fazem já ou perdem simplesmente a oportunidade, pois corre-se o risco de ver passar o estado-de-graça de que agora gozam a somar ao sentimento colectivo de que os sacrifícios são um imperativo, o que mantém um certo estado de bovinidade mansa.

Refiro-me, concretamente, aos necessários (como de pão para a boca) cortes na despesa pública.

Haja coragem para, como prometido, acabar de vez com uma máquina artificialmente obesa face às necessidades do Estado, com demasiados serviços, institutos, empresas, administradores, assessores e outros tantos inúteis e, por esta via, inutilizados para áreas mais produtivas.

Haja essa coragem.

Metaforicamente falando, de nada vale acrescentar tábuas (impostos) ao costado de um navio demasiado pesado para o manter acima da linha de água quando o problema é sobretudo de lastro, demasiado lastro!

sexta-feira, julho 01, 2011

A VOL D'ABUTRE

A pestilência cor-de-rosa, que de quando em vez se derrama sobre o país, decorrente de um mal intestinal que liberta, pelo ânus da urna sufrágica, uma escagarrinha diarreica travestida de governo rosa, deixou o país em estado caótico.

Vamos agora entrando em contacto com a real dimensão do buraco.

O primeiro foi já o défice que afinal é bem maior do que as "inginharias" do merdoso haviam contabilizado para portuguesinho ver, pois afinal, para já, faltam 800 milhões de euros nos cofres do Estado na execução orçamental.

As medidas que se impõe tomar vão ser ainda mais graves do que esta que agora impõe o imposto extradordinário.

Prefiro durante um ou dois anos pagar e amargar e com isso libertar o país deste jugo, para uma vida futura melhor e mais digna, do que continuar com a cabeça enfiada na areia, ignorando os gravíssimos problemas do país em nome de um bem-estar imediato mas que não resolveria os problemas estruturais.

Temo várias coisas:

Temo que os sindicatos e a oposição incendeiem as hostes populares que não compreendam o esforço que está a ser efectuado e é necessário fazer para voltar a colocar o país no trilho correcto.

Temo que o ânimo dos portugueses ceda, pois um país desmoralizado e sem esperança não luta por si.

Temo que não haja massa crítica suficiente para operar o arranque da economia neste tempo de crise, designadamente ao nível do investimento nacional e sobretudo externo.

Mas tenho esperança:

Espero que se tomem medidas para evitar no futuro o assalto à coisa pública por banda do bando de ladrões que por vezes (quando não quase sempre) se instala nas cadeiras de poder.

Espero que este Governo saiba e queira tomar todas as medidas necessárias que de forma equilibrada e justa conduza a uma maior justiça social na distribuição dos rendimentos, mas deixando à liberdade das pessoas (o ser humano só funciona em liberdade) a condução da sua vida e a assunção das respectivas responsabilidades, reforçando o Estado o seu papel regulador e abandonando o seu papel de motorizador da economia, que não lhe cabe primordialmente, e de paizinho de todos nós.

Espero que os portugueses compreendam que sem uma profunda reforma que recoloque (se alguma vez lá esteve!) as finanças públicas na sua real dimensão face às necessidades e economia do país, não será possível funcionar nesta economia globalizada.

Espero que alguém pense em diminuir a progressividade dos impostos, com o que se alcançavam duas vantagens imediatas:
1- Libertação, para aqueles que produzem essa riqueza (empresas ou singulares, é bem de ver), de maiores recursos financeiros, os quais em regra geram mais investimento e dinamização da economia;
2- Contenção da despesa do Estado (note-se que no actual sistema, devido a um fenómeno nunca explicado, quanto mais receita o Estado arrecada mais gasta!, pelo que num sistema de impostos progressivos, quanto mais riqueza o país produz mais despesa tem o Estado, uma vez que os abutres instalados nas cadeiras do poder tratam logo de dar caminho a esse acréscimo de receita, em vez de alcançarmos um superávite, o que nunca acontece).

Finalmente, lamento que os portugueses não exijam que  seja julgada em tribunal a canalha que integrou o governo que nos conduziu à ruína, por crimes conta o povo português e contra o Estado.