sábado, maio 29, 2010

CUM CANECO!!! 50.000!!!

Há um contador de entradas no fundo e reparo agora que já foram ultrapassadas as 50.000 visitas a este sanatório!

É bom que se lembre que esta espelunca já conheceu dias de alguma glória (cof, cof, cof...), visitado por gente com nome e tudo e até, e ainda, por gente com o nome!

Mas para que serve essa normalidade se aquilo que verdadeiramente é válido e consequente encontra sedes próprias, até institucionais, de desaguamento (e a que este lugar infecto e anónimo nunca pretendeu ascender?)?

Após um período de aparente normalidade, embora sempre com relato de anormalidades, foi-se transformando, naturalmente, num espaço de sanação e até de saneamento.

Por vezes, também pela brincadeira, pelo humor de raiz revisteiro, o riso, quantas vezes apenas para não chorar...

Depois ainda, decidimos que umas caralhadas, perdão, que o vernáculo permitia uma pureza e uma intensidade inalcançáveis pela escrita a punho de renda.

O raciocínio foi elementar: "Ora se os srs. políticos podem fazer filho-da-putices eu não posso dizer o que eles fazem?"

E vai daí o discurso transformou-se, coloriu-se e ganhou, assim, muito mais interesse!

E, quase em simultâneo, descobri os efeitos terapêuticos de chamar os bois pelos nomes!

Com tudo isto, esta espelunca transformou-se e de um blog passou a um lugar verdadeiramente interessantíssimo (cof, cof, cof...)!

A prova é que, a pouco e pouco, a cobardia instalou-se entre os visitantes e desapareceram da caixa de comentários.

Todos??

Não!

De quando em vez (embora de muito em quando), há um ou dois visitantes, daqueles de fundo, daqueles que, muito provavelmente, vêem para além do vernáculo e das pantomimices e, nem sempre deixando rasto, alturas há em que largam aqui a sua carga empática.

E eu, a contra-gosto, devo dizer que gosto de lhes saber a presença, que me lembro de alguns diálogos muito interessantes, divertidos, filosóficos e até poéticos, que noutros tempos o então e actual anónimo xavier cruzava com essas belas pessoas.

Muito obrigado.




segunda-feira, maio 24, 2010

NÃO HÁ SOLUÇÕES MÁGICAS...

Mas se houvesse, concerteza que teríamos um Mourinho como primeiro-ministro, um Mourinho como ministro das finanças e assim sucessivamente.

Um Mourinho em cada empresa pública, privada ou lá o que fosse.

"Ah e tal, agora o Mourinho é o maior e o caneco !!!"

Não!

Não é de agora.

Tive sérias pôrras com bons amigos por causa do Mourinho, quando ele começou a dar cartas no cenário nacional das atitudes (pois é a atitude que está em causa!).

Muita gente disse do Mourinho as piores coisas, especialmente que ele era um arrogante.

E aqui surgiu a divergência que acima referi (aliás, agora não me dou ao trabalho de procurar no arquivo aqui desta espelunca, mas creio que na altura fiz um post sobre esse tema precisamente, a defender o que inda hoje defendo).

Só gente pequenina, de chapéu na mão e olhar baixo, é que confunde assertividade, vontade, profissionalismo, atitude positiva e trabalho puro e duro, com arrogância.

Essa gentinha é composta, seguramente, pelos mesmos que, de cabeça baixa de tanta humildade perante quem julgam ser mais poderoso, se transformam completamente e vociferam arrogantemente, aí sim, contra quem julgam ser mais pequeno do que eles.

São gentinha sem alma, nem grandeza, nem atitude.

São cobardes!

Ora, o Mourinho representa tudo aquilo que não é característica dos portugueses.

A quem terá ele saído?

Se cada um de nós tivesse um Mourinho dentro de si, Portugal seria o maior país europeu no espaço de tempo de um ou dois campeonatos de futebol.

Garantido!!!

domingo, maio 23, 2010

DECISÃO POLÍTICA E MAL-ESTAR SOCIAL com final feliz

Não há muito para dizer.

O facto de haver países, como por exemplo a Grécia e a Itália, com mais ladrões em cargos públicos do que nós não nos deve servir de consolo.

Este é o país que temos!
Este é o povo que somos!
E o que somos está à vista!


Que cada um faça o que puder para que o país melhore!

Que cada um dê o seu, pequenino que seja, contributo para melhorar a produtividade geral do país.

Com isso faremos mais num dia do que a classe política toda junta num ano.

Os políticos que temos são a nossa vergonha.

Indo ao estrangeiro, já não digo a ninguém que sou português.

Olham-nos como se tivessemos peste, como se não passássemos de umas toupeiras ou de uns trambolhos imprestáveis.

A bandalheira em que Portugal se transformou ao longo dos anos a isso dá azo.

Muita gente apontou o problema: Essencialmente, a corrupção (em sentido muito amplo e com múltiplas frentes, a maioria delas, aliás, com planos de legitimação formal).

Agora que os mercados financeiros se fizeram caros e ameaçaram fechar a torneira é que se vê, claramente visto, a nossa extrema dependência, a brutalidade do que devemos face ao que somos capazes de produzir e que produzimos.

A corrupção grassa, o Tribunal de contas está farto de assinalar, por exemplo, muito dinheiro a mais em contratos já de si milionários, mas outras vertentes de corrupção podem ser observadas, como por exemplo a decisão política da realização de obra pública não necessária ou não essencial, mas que beneficam as respectivas empresas à custa do orçamento do Estado, as parcerias público-privadas absolutamente desastrosas para o erário público (mas que garantem às empresas dos boys uma rica fonte de financiamento por muitos anos e sem quaisquer riscos).

Os boys e as suas empresas, através de meia dúzia destes bons (para eles) contratos conseguem por um país inteiro a trabalhar para eles e para o partido e por dezenas de anos!

Se há uma zona onde a corrupção pode ser alocada é, indubitavelmente, na decisão política!

A decisão política toca duas vertentes essenciais da corrupção: Tem poder para decidir e tem poder para vincular o Estado (ou a pessoa colectiva de direito público ou a autarquia, etc).

Não percebem? hummm....

Longe vai o tempo em que a corrupção consistia na troca de um favor público por dinheiro privado ou de dinheiro público pelo favor privado.

Hoje, um instrumento normativo pode muito bem ser um instrumento de corrupção.

À vista de todos e ... invisível!

Invisível, porque formalmente legitimado!

No princípio, no período pós-revolucionário (a revolução nem conta, pela indigência dos valores), tudo começou com uma vírgula num diploma legal a alcançar os 20 mil contos! Isto, naquela altura, início dos anos 80, com ressalva do erro...

De então para cá, a corrupção alcançou um tal refinamento que actualmente é quase impossível deitar a mão judicial a um destes vigaristas.

Entretanto, o Zé Pequenino é quem paga a crise.

Ou seja, não se corta na despesa, a não ser temporariamente e apenas para iludir a banca externa de que dependemos para nos financiarmos.

Continua o rega-bofe.

Aumentam-se os impostos, diminui-se o consumo, passa-se mais fome no meu país.

A economia, sem consumo, pouco pode crescer.

E assim vai este empobrecido país, enredado nas malhas asfixiantes tecidas por políticos incompetentes (para dizer apenas o mínimo).

Agora, meu caro leitor, saia deste tugúrio e vá apanhar um pifo! Aliene-se! Esqueça!

Ou faça como eu: Curta (de curtir) a vida, beba uns copos com os amigos, vá à beira-mar e respire o horizonte, cative a sua cara-metade e dancem até o suor correr em fio, morram de vida, um no outro....
À noite, partilhe uma estrela da via láctea e, com sorte, virá um alien que os levará para bem longe...

domingo, maio 16, 2010

UM POVO MENOR

Tenho evitado vir aqui, porque o vómito seria demasiado, excessivo, mesmo para um blog anónimo.

Com tanto filho-de-puta a fazer e decidir filho-da-putices, melhor é, por vezes, calar...

Lê-se agora em todo o lado aquilo que tenho aqui vindo a despejar nos últimos anos.

É como ter razão antes do tempo.

Era visível, para quem quisesse ver, claro está.

Na altura, parecia um discurso excessivo. E refiro-me não só ao governo e seus membros como ao comportamento social no geral.

Discurso excessivo, sim (e como dizer coisas fortes sem correr o riso do excesso?), mas um retrato assustadoramente real do país (mande-se a falsa modéstia às urtigas), do que somos e da classe política que temos, de quem nos (des)governa.

Se este governo é um verdadeiro vomitório, não o são menos os cidadãos em geral.

Portugal está num estado geral de bovinidade que não faz jus àquilo que nos ensinaram na escola: "Um grande povo que deu novos mundos ao mundo!!

Eu quero acreditar nisso tudo.

Mas onde está esse grandioso povo!???

Porque não se manifesta?

Porque não reage?

Que é feito da dinâmica social, das pessoas de bem, axiologicamente orientada ao interesse comum?

"-És um idealista, pá!!"
Eu sei...

E também sei que para determinadas acções colectivas, de um povo, é necessário massa suficiente, a chamada massa crítica.

E sei ainda que a mentalidade colectiva dos portugueses é maioritariamente chico-esperteira.

Durante anos e anos, talvez até uns séculos já, temos vindo a aprender a sobreviver na base da chico-espertice e do desenrascanço.

Isso mesmo é patente na classe política que temos e temos tido.

Veja-se este monte de esterco que é agora governo e que foi eleito com base na chico-espertice por outros tantos chicos-espertos.

Essa mentalidade colectiva, que se traduz noutra tanta falta de grandeza e de nobreza de carácter colectivo, não permite ao povo português a tomada da acção necessária e suficiente para, em quantidade e qualidade, estabelecer e sustentar a mudança.

A isso se chama a ausência de massa crítica.

O problema de Portugal é esse, na actual conjuntura histórica: O povo, o povo todo, é pequenino, mesquinho, menor.

Tem, pois, o que merece!

terça-feira, maio 04, 2010

AINDA QUE MAL PERGUNTE

Hoje é terça feira, dia 4 de Maio do ano de 2010.

Desde há duas semanas, semanalmente, eu e a minha esposa compramos uns quilos de peixe, de carne, de "mercearias", azeite, etc, e entregamos tudo à dona de uma loja de cortinados nossa conhecida.

Ela, por sua vez, faz entrega daqueles bens a "umas pessoas que estão na miséria, sem trabalho, com um filho doente...".

Não sei quem são as pessoas em causa.

Têm vergonha da sua situação e pedem para não serem identificadas junto de quem os pode auxiliar.

É fácil agora culpar a crise internacional.

Já toda a gente se esqueceu do desperdício, da roubalheira ao erário público, da corrupção brutal.

Portugal produz tanto como qualquer outro país do seu campeonato.

Não consegue é produzir o suficiente para tanto ladrão!

Já ninguém se lembra do governo tresloucado socialista.

Já ninguém tem presente a paranoia de um primeiro-ministro que em vez de governar se comportou como um imbecil.

E como não se comportar como um imbecil quando se é imbecil??!!!

Maio de 2010, e há tantas e tantas famílias a passar fome no meu país, apenas porque Portugal, de tão depauperado pela corrupção e má governação, não tem capacidade para enfrentar uma crise internacional.

Que merda de povo é este que tudo admite, que tudo permite, que tudo come, tudo consente e tudo cala?