quinta-feira, dezembro 22, 2011

VAI UMA FATIA DE ESPERANÇA?

Escrevo aqui, a partir de um computador que é meu, de uma linha de banda larga que pago pontualmente.
O carro está lá fora e ainda vou atestando o depósito com gasolina.
Na ceia de Natal, para além da fatia de esperança, teremos (em família, claro) o bacalhau e o resto e mais os doces e mais as prendas (as possíveis, mas ainda prendas).
Enfim, uma vida de rico, nos tempos que correm...

Mas não posso esquecer-me de outros.

De todos os outros que, sem outro pecado que não tivesse sido acreditar no grupo de bandalhos que tem vindo a governar este país, vão ter uma ceia de Natal apenas aquecida com uma fatia de esperança ou.... nem isso.

Eu pergunto-me se a gentalha que conduziu o país à ruina tem a noção do mal que lançou sobre os portugueses, sobre as concretas pessoas.

No Natal assinala-se ou comemora-se o nascimento de Cristo.

Há quem acredite ser Ele o filho de Deus.

Mas também há quem acredite que todos nós somos filhos de Deus.

O que nos diferencia?

Parece que ele é mais filho de Deus do que nós outros.

Nunca o saberemos!, por uma simples razão: Não é necessário saber! É matéria de fé.

Do que eu tenho a certeza, porque os factos o demonstram, é de que há uns quantos bandalhos que não são filhos de Deus.

São verdadeiramente uns filhos-da-puta!

Esses não servem à mesa de Natal fatias de esperança.

Esses vão-se servindo ao longo do ano e dos anos.

Vão-se servindo de tudo quanto podem.

Vão-se servindo do Zé Povinho estupificado e demasiado sereno.

Este é um povo crucificado no altar da pulhice, da ganância, da falta de escrúpulos desses deusinhos menores.

Portugal chegou a um ponto em que já não é possível dizer que o Natal é quando um homem quiser.

Verdadeiramente, Portugal é uma Páscoa permanente, transformado que foi no gólgota onde todos e cada um de nós outros, uns mais outros menos e outros completamente, estamos a ser crucificados.

E os algozes andam por aí... contentinhos da silva...

Pudera!!!

Impunes, resta-lhes esperar que ressuscitemos ao terceiro dia, ou ao terceiro ano, ou ao terceiro lustro ou ao terceiro decénio...

Entretanto, as parcerias público-privadas vão-lhes enchendo os bolsos por mais 37 anos, bem como as contas recheadas em paraísos fiscais e todas as demais negociatas de que não se sabe ou não se quer saber quem beneficiou mas sabe-se quem está e quem vai continuar a pagar as respectivas facturas...