quarta-feira, abril 25, 2012

DA LIBERDADE À INCOMPETÊNCIA NACIONAL

Hoje, 25 de Abril de 2012, celebra-se a liberdade e constata-se a incompetência de um povo inteiro.

Incompetência, por não ser capaz de se organizar enquanto Estado de Direito;

Incompetência, por não ser capaz de firmar um desígnio nacional, um rumo para o país (e não para os interesses dos políticos e dos seus partidos);

Incompetência, por não ser capaz de erradicar o cancro da sociedade portuguesa, os partidos políticos que temos tal como são;

Incompetência, por não ser capaz de perseguir criminosos, apenas porque são figuras públicas e inscritos em partidos políticos;

Incompetência, por se levar a si mesmo, um povo inteiro, à miséria, apesar dos milhões e milhões de fundos comunitários dados a fundo perdido;

Incompetência, porque as suas boas qualidades são preteridas em favor de um pensamento mesquinho, menorizado, chico-esperteiro, golpista;

Incompetência, por não conter pessoas suficientemente honestas,  axiologicamente orientadas ao bem comum e ao interesse público, estruturadas e capazes de, com sentido de Estado,capacidade e competência, governar o país.

Verdadeiramente, enquanto povo, somos todos nós incompetentes:
Somos cidadãos incompetentes!
Somos votantes incompetentes!
Somos uma sociedade tão incompetente em vertentes tão importantes que, prova provada, fomos conduzidos , ou seja, conduzimo-nos, a nós próprios, à bancarrota!

E, em paralelo com o melhor, fomos quase sempre capazes do pior e quase sempre fomos incompetentes ao longo da história.

Desde o séc. XV, o império asiático manteve Portugal a flutuar, mas apenas para uma certa classe social e política.

Depois, o Brasil, o seu ouro e açucar manteve Portugal a flutuar, mas ainda e apenas para uma certa classe política e social, pois não foi capaz de se modernizar utilizando essa riqueza, numa altura em que as sociedades europeias se modernizaram tremendamente.

Depois o império africano manteve também Portugal a flutuar e ainda, neste caso, sem verdadeira infra-estruturação da economia do país (viva o Fontes e pouco mais...), continuando a beneficiar uma certa classe política e social em detrimento do país, cada vez mais desfasado da modernidade europeia.

Finalmente, a comunidade europeia, donde jorraram biliões, manteve Portugal a flutuar e permitiu criar uma rede de estradas, a maior da europa em termos relativos, e pouco mais.
Permitiu ainda destruir a agricultura e as pescas.
Permitiu aos portugueses serem aquilo que são, aquilo que somos: Uns chicos-espertos contentíssimos por enganar a Europa, enganar o fisco, enganar o vizinho...

Afinal, enganar-se a si mesmo.

A chico-espertice deu nisto: A bancarrota.

Eis Portugal em 25 de Abril de 2012: Um país incompetente recheado de incompetentes, em bancarrota!

Um país infeliz e de infelizes.

Não me venham com o discurso de que há coisas boas e de que temos de olhar para as coisas boas...

Claro que há coisas boas!

São as nossas boias de salvação.

Mas, tal como aconteceu no Titanic, parece que não chegam para todos...

De pouco servem àqueles que sofrem o agravo de tanta incompetência!

INCOMPETÊNCIA! (Belo eufemismo, não?)

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