- Reparei em si... toda a noite.
- Também o vi. Estava muito bem acompanhado...
- Ciúmes? Nem sequer nos conhecemos. Nem sequer dançámos...
- Não.não aqui, se bem me lembro.
- Não aqui? A sua figura é... deslumbrante... lembrar-me-ía, certamente. Apesar da máscara.
- Máscara? Ah, sim... sabe, apenas frequento bailes de máscaras. Como este...
- Pode... quer tirá-la?
- Não posso. Nem que o queira. Colou-se-me ao rosto. Definitivamente...
- Compreendo... sabe? também a minha. Colou-se-me ao rosto sem que eu desse por isso. Ainda pensei tentar removê-la, mas... já nem me dou ao trabalho.
- Tal como eu... casado?
- Sim. Quer dizer...celebrei um contrato de casamento.
- Um preciosismo? ou um verdadeiro negócio?
- Negócio. Evidentemente. Não tenho tempo a perder com as emoções.
- E o sexo, é bom?
- Tem dias. Tive problemas com as emoções. Por vezes não ficavam à porta.
- Também me aconteceu. Como resolveu?
- Simples: Afivelei esta máscara. Nunca mais tive problemas de consciência ou emocionais.... A propósito: A menina fode?
- Julguei que não mais perguntava...
- No fundo, sou tímido, sabe.
- Sei.
- Sabe?
- Meu querido... reconheci-te! Reconheci-te!
- Mas... Dália? Oh, minha querida e adorada esposa!
5 comentários:
Esta crónica tem todos os ingredientes do romantismo, a Dália quase podia ser uma personagem queirosiana. Gostei sobretudo do final e das entrelinhas....
Bom dia para ti
maria
lllllllllooooooolllllllllllll
Que ricas férias!!
Produtivas!!!
S.
Olá
Maria,
Queirosiana 'mutatis mutandis'... é vero!
Olá Sónia,
Nós por cá... sei lá... brincamos.
Infantilmente brincando!!!
Fiquem bem queridas amigas.
AH! FInalmente publicou!
Sendo um conto um bocado púbico, havia mais era que... pubicar, digo, publicar!
:)
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