Tenho evitado vir aqui, porque o vómito seria demasiado, excessivo, mesmo para um blog anónimo.
Com tanto filho-de-puta a fazer e decidir filho-da-putices, melhor é, por vezes, calar...
Lê-se agora em todo o lado aquilo que tenho aqui vindo a despejar nos últimos anos.
É como ter razão antes do tempo.
Era visível, para quem quisesse ver, claro está.
Na altura, parecia um discurso excessivo. E refiro-me não só ao governo e seus membros como ao comportamento social no geral.
Discurso excessivo, sim (e como dizer coisas fortes sem correr o riso do excesso?), mas um retrato assustadoramente real do país (mande-se a falsa modéstia às urtigas), do que somos e da classe política que temos, de quem nos (des)governa.
Se este governo é um verdadeiro vomitório, não o são menos os cidadãos em geral.
Portugal está num estado geral de bovinidade que não faz jus àquilo que nos ensinaram na escola: "Um grande povo que deu novos mundos ao mundo!!
Eu quero acreditar nisso tudo.
Mas onde está esse grandioso povo!???
Porque não se manifesta?
Porque não reage?
Que é feito da dinâmica social, das pessoas de bem, axiologicamente orientada ao interesse comum?
"-És um idealista, pá!!"
Eu sei...
E também sei que para determinadas acções colectivas, de um povo, é necessário massa suficiente, a chamada massa crítica.
E sei ainda que a mentalidade colectiva dos portugueses é maioritariamente chico-esperteira.
Durante anos e anos, talvez até uns séculos já, temos vindo a aprender a sobreviver na base da chico-espertice e do desenrascanço.
Isso mesmo é patente na classe política que temos e temos tido.
Veja-se este monte de esterco que é agora governo e que foi eleito com base na chico-espertice por outros tantos chicos-espertos.
Essa mentalidade colectiva, que se traduz noutra tanta falta de grandeza e de nobreza de carácter colectivo, não permite ao povo português a tomada da acção necessária e suficiente para, em quantidade e qualidade, estabelecer e sustentar a mudança.
A isso se chama a ausência de massa crítica.
O problema de Portugal é esse, na actual conjuntura histórica: O povo, o povo todo, é pequenino, mesquinho, menor.
Tem, pois, o que merece!
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