domingo, maio 23, 2010

DECISÃO POLÍTICA E MAL-ESTAR SOCIAL com final feliz

Não há muito para dizer.

O facto de haver países, como por exemplo a Grécia e a Itália, com mais ladrões em cargos públicos do que nós não nos deve servir de consolo.

Este é o país que temos!
Este é o povo que somos!
E o que somos está à vista!


Que cada um faça o que puder para que o país melhore!

Que cada um dê o seu, pequenino que seja, contributo para melhorar a produtividade geral do país.

Com isso faremos mais num dia do que a classe política toda junta num ano.

Os políticos que temos são a nossa vergonha.

Indo ao estrangeiro, já não digo a ninguém que sou português.

Olham-nos como se tivessemos peste, como se não passássemos de umas toupeiras ou de uns trambolhos imprestáveis.

A bandalheira em que Portugal se transformou ao longo dos anos a isso dá azo.

Muita gente apontou o problema: Essencialmente, a corrupção (em sentido muito amplo e com múltiplas frentes, a maioria delas, aliás, com planos de legitimação formal).

Agora que os mercados financeiros se fizeram caros e ameaçaram fechar a torneira é que se vê, claramente visto, a nossa extrema dependência, a brutalidade do que devemos face ao que somos capazes de produzir e que produzimos.

A corrupção grassa, o Tribunal de contas está farto de assinalar, por exemplo, muito dinheiro a mais em contratos já de si milionários, mas outras vertentes de corrupção podem ser observadas, como por exemplo a decisão política da realização de obra pública não necessária ou não essencial, mas que beneficam as respectivas empresas à custa do orçamento do Estado, as parcerias público-privadas absolutamente desastrosas para o erário público (mas que garantem às empresas dos boys uma rica fonte de financiamento por muitos anos e sem quaisquer riscos).

Os boys e as suas empresas, através de meia dúzia destes bons (para eles) contratos conseguem por um país inteiro a trabalhar para eles e para o partido e por dezenas de anos!

Se há uma zona onde a corrupção pode ser alocada é, indubitavelmente, na decisão política!

A decisão política toca duas vertentes essenciais da corrupção: Tem poder para decidir e tem poder para vincular o Estado (ou a pessoa colectiva de direito público ou a autarquia, etc).

Não percebem? hummm....

Longe vai o tempo em que a corrupção consistia na troca de um favor público por dinheiro privado ou de dinheiro público pelo favor privado.

Hoje, um instrumento normativo pode muito bem ser um instrumento de corrupção.

À vista de todos e ... invisível!

Invisível, porque formalmente legitimado!

No princípio, no período pós-revolucionário (a revolução nem conta, pela indigência dos valores), tudo começou com uma vírgula num diploma legal a alcançar os 20 mil contos! Isto, naquela altura, início dos anos 80, com ressalva do erro...

De então para cá, a corrupção alcançou um tal refinamento que actualmente é quase impossível deitar a mão judicial a um destes vigaristas.

Entretanto, o Zé Pequenino é quem paga a crise.

Ou seja, não se corta na despesa, a não ser temporariamente e apenas para iludir a banca externa de que dependemos para nos financiarmos.

Continua o rega-bofe.

Aumentam-se os impostos, diminui-se o consumo, passa-se mais fome no meu país.

A economia, sem consumo, pouco pode crescer.

E assim vai este empobrecido país, enredado nas malhas asfixiantes tecidas por políticos incompetentes (para dizer apenas o mínimo).

Agora, meu caro leitor, saia deste tugúrio e vá apanhar um pifo! Aliene-se! Esqueça!

Ou faça como eu: Curta (de curtir) a vida, beba uns copos com os amigos, vá à beira-mar e respire o horizonte, cative a sua cara-metade e dancem até o suor correr em fio, morram de vida, um no outro....
À noite, partilhe uma estrela da via láctea e, com sorte, virá um alien que os levará para bem longe...

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