sexta-feira, janeiro 29, 2010

QUE GRANDE MINA!

Parcerias público-privadas: O que são?

Designam-se por parcerias público-privadas as diversas modalidades de envolvimento de entidades privadas em projectos de investimento de interesse públiczzzzzzzzz blá blá blá zzzzzzzzzzzzzzzzzz blá blá zzzzzzzzzzzzzzzzz ... uuhhmmmm nhummmmffff .... zzzzzzzzzzz zzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzz..........

Pois...

Dormir, como forma de alienação para não sofrer...

As parcerias público-privadas, meus caros amigos, na vertente que nos toca não são nada disso!

Mas vejamos primeiro os números, só para se ter uma ideia do que por aí vai:

Encargos com parcerias público-privadas (PPP):

O Zé Povinho pagou uma factura de 769,3 milhões de euros no ano de 2009;

Em 2010, vejamos alguns exemplos:

- 328,6 milhões de euros para pagar as PPP em estradas e auto-estradas;

- 143 milhões de euros para as concessões ferroviárias (mais 61% do que o custo de 2009);

- 243,5 milhões de euros para as PPP na área da saúde ( mais 112%, ou seja, mais do dobro de 2009);

Note-se:

Em 2014, o custo das PPP rodoviárias mais que duplicará, atingindo o custo de 959,5 milhões de euros;

Em 2015, ainda segundo as previsões do Governo e ainda só relativamente às concessões rodoviárias, o custo alcançará os 1.029 milhões de euros (um bilião e 29 milhões de euros! só na estrada!);

O que dizer de tudo isto?

É evidente que a associação de privados aos investimentos públicos é algo de necessário, como forma de financiamento de grandes obras públicas que, de outro modo, não poderiam eventualmente ser efectuadas e com a prontidão necessária.

Mas esse não é o problema.

O problema situa-se a dois níveis, pelo menos.

O primeiro nível problemático tem a ver com a necessidade ou não da realização de certas obras públicas.

O segundo nível tem a ver com os contratos leoninos, cabendo a parte de leão aos parceiros privados e altamente ruinosos para o Estado, o que não admira, pois quem efectua os contratos (os governantes) comem à mesma mangedoura dos co-contratantes privados.

Vejamos a coisa:

A gentalha que enxameia (homens de mão) e a gentalha que manda (grandes interesses económicos) num partido político que é poder, legitimado pelo voto apodera-se do Estado e do seu aparelho, das suas instituições e até da consciência de muitos funcionários e não só (infelizmente).

Essa gentalha pode decidir efectuar obras públicas que não são necessárias ou que são sobredimensionadas, mas que são uma bela fonte de rendimento para os parceiros privados por muitos e felizes anos, à custa do orçamento do Zé Povinho.

Essa gentalha celebra contratos em PPP com cláusulas contratuais altamente ruinosos para o Estado, como são os das concessões rodoviárias e ferroviárias.

Com tudo isto, a gentalha dos partidos políticos coloca o Estado a desembolsar milhões por anos e anos em favor de meia dúzia de grandes parceiros privados que são, afinal, os seus (deles partidos) donos.

E é nessas empresas que estão os filhos e os afilhados.

São empresas que fornecem jobs para os boys e é lá que vão parar os ex-ministros os varas e demais incompetentes.

É uma mina!

É a forma perfeita de pôr um país inteiro a produzir para meia dúzia de ladrões!

Ladrões, sim!

Ladrões porque é-lhes entregue de mão beijada, pelos próprios enquanto titulares de órgãos de poder, milhões de euros que provêm de contratos altamente ruinosos para o Estado, celebrados para a realização de obras não necessárias ou de dimensão megalómana desnecessária (veja-se por exemplo o caso dos estádios de futebol!)

Paga Zé Estúpido!!!

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