sexta-feira, agosto 07, 2009

GANGSTERS

Chicago, anos 30 do século XX.

As várias famílias de gangsters preparam a batalha pelo controlo dos negócios escuros, do dinheiro, do poder.

Internamente, os capo e homens de mão perfilam-se, ajoelham e beijam a manápula de cada padrinho, sedentos dos lugares mais altos na hierarquia interna.

Para o exterior, a imagem de cada família é de candura, com os seus negócios de fachada legítima, os seus filhos e filhas, com os seus netos e netas, os seus mortos aparentemente por causas naturais.

O cidadão comum, crédulo, só se apercebe do logro quando os capo lhe cai em cima, exigindo o pagamento extorsionista, qual aumento inopinado de impostos, impondo o seu (da máfia) negócio ilegal pago com o seu (do cidadão) dinheiro.

A batalha campal não é pela alternativa.

A luta é pela alternância.

A sede é de poder.

Há muitos capo e homens de mão para alimentar.

Al Capone, depois do jogo ilegal, dos prostíbulos, destilarias e cervejarias ilegais, depois de assassinar e trucidar quem se lhe atravessou no caminho, veio a ser condenado por fuga ao fisco.

Por vezes é assim.

Um Casa de Caridade, um Livreporto, ou outra merda qualquer, pode dar cabo de uma brilhante carreira.

Mas, claro, isto era a América dos anos 30 do século XX.

6 comentários:

Anónimo não identificado disse...

Esses mafiosos têm a sua ordem, os superiores impôem-na. Tirando a conversa em que o direito é uma validade pressuposta que se fundamenta numa dogmática, bla, bla, bla. Tudo se resume a PODER.
Poder é poder.
Têm os seus negócios, armas, drogas, visam o lucro, muito bem, sabemo-lo.
Mais hipócrita é viver numa aparência de estado de direito em que uns tipos sinistros fazem umas leis e o pessoal obedece na boa.
O Alcapone matava, estes não matam, controlam, escravizam, vão matando... Nei sei o que é pior.
Se calhar qd se paga a essas máfias obtem-se alguns beneficios, protecção, oportunidades de carreira, etc. Quem sabe não é bem mais util do que pagar a estes tipos sinistros...
O Alcapone, tirando a parte de um bocado mauzito de matar pessoal e tal, parece-me um menino do coro, comparado a certos vigaritas dos nossos tempos...

xavier ieri disse...

Meu caro anónimo
o discurso do posto é muito mais metafórico do que parece à primeira vista...
As entrelinhas também...

Nesta espelunca há sempre um sentido metafórico, um eufemismo, uma entrelinha mais atrevida, uma semântica com pezinhos de lã...

Aqui nada é inocente... a não ser eu mesmo!

Os posts do excêntrico são verdadeiras матрёшка ou матрешка ou Matryoshka!

;)

Anónimo não identificado disse...

Eu sei, só disse o que penso...
Infelizmente isto tudo não passa de uma farsa. É bonito nos livros.

xavier ieri disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
xavier ieri disse...

Digamos que estou também nesse nível de descrença.
Já o disse, aliás, talvez por outras palavras, algures num posto mais antigo:
Eu, que tenho filhos, quero acreditar que o país tem massa específica suficiente para situar-se muito acima do nível freático da fossa (da cloaca) onde actualmente se encontra atolado.
No entanto, apesar dessa ténue luzinha de esperança, temo que, enquanto país, estejamos no limuite da nossa competência colectiva.

Ou seja, dito por outras palavras:
Embora mantenha uma leve esperança que assim não seja, temo que os sócrates e ferreiras leites, os isaltinos e fátimas felgueiras deste país sejam o que de melhor o país é capaz de produzir!
Temo!

Anónimo não identificado disse...

Não são o melhor mas estão lá, são candidatos, isso não é fácil. Muitos já estão quase desde o 25 Abril. Que espaço sobra para os jovens? Nenhum. Veja Cavaco/MFL, pessoas que pouco ou nada têm a ver com este tempo.
Mesmo nas juntas não é fácil, é uma guerra pelos 500/1000€...
Cumpr.