terça-feira, maio 19, 2009

APOLOGIA DO POLÍTICO

Qualquer um pode ser eleito para qualquer um dos órgãos de soberania de natureza política, especialmente deputados à Assembleia da República ou membros do Governo.

Não requer quaisquer qualificações prévias.

Também não há quaisquer requisitos prévios, exames técnico-científicos, psicotécnicos ou outros de natureza pessoal.

Nada.

Basta o apadrinhamento por um grupo de individuos organizados e ordenados ao assalto à coisa pública, oh... perdão, por um partido político.

É quanto basta para ser levado ao colo à cadeira do poder.

Evidentemente que ter pai, pai, mãe, tio, padrinho, sobrinho, primo, bem colocado no aparelho partidário é factor primordial.

Competências de estadista, humanas ou apenas técnico-científicas não são exigidas (salvo, talvez, o inglês técnico).

Tudo o que os senhores políticos têm a fazer é seguir a cartilha do foder (não, não é do poder) e convencer o rebanho, perdão, os eleitores a votar neles.

Chama-se legitimação por sufrágio (embora em certos círculos se veja aqui um verdadeiro jogo sado-maso).

O regime é o tal menos mau de todos: O democrático.

Donde se conclui que:

- O político é o grau mais elevado na escala inversa da competência, da seriedade, da verdade, da moral e da ética.

- Político é um qualquer e pode ser qualquer um, desde que tenha a ausência certa das qualidades para o exercício do cargo.

6 comentários:

xavier ieri disse...

Boa noite
caro ou cara amigo ou amiga
que se dignou abrir a caixa de comentários

Isto é só pra fazer conversa

mas já aproveito para desejar uma boa noite ou um bom dia, como melhor lhe aprouver.

diconvergenciablog disse...

Pois, se fossem exigidas qualidades, cursos superiores, idoneidade, seria desigual.
O Sócrates não precisava de ter (pelo que se diz na comunicação social e é público e notório) ter tirado um curso de uma forma estranha. Seria PM na mesma. . .

xavier ieri disse...

Bem visto!
eh eh eh

O Sócretino teve inglês técnico
e isso faz toooda a diferença.

Aliás, um destes dias, num luxuoso (what else?) hotel novaiorquino pediu chá para dois para o 222 (a suite dele) num inglês técnico perfeito:
"TU TI TU TU TU TU".

É oooutro sono, ooooooutro conforto...

redonda disse...

Não sabia que se podia saber se alguém abre a caixa de comentários... Ah e eu não a abri em cima, só aqui e duas vezes





(mini sugestão: não seria possível acabar com a verificação das palavras? Com a introdução de nova aplicação informática, e "novo" computador, parece que cada vez tenho mais dificuldade em conseguir destrinçar as letras)

xavier ieri disse...

Olá redonda.
A menina sugere e a gente acata!
Mai nada!

redonda disse...

Muito obrigada :)