E pronto: Começou mais uma tourada!
De um lado uns quantos cavaleiros e toureiros apeados, de farpas e estoques em riste, prontos para os enterrarem nos lombos dos cabrestos votantes, assim que este voltarem as costas às urnas.
Antes, porém, enchem a boca de palavras, palavras e mais palavras, cada vez com menos sentido.
E fazem-no sem pinga de vergonha, sem sinal de remorso, descaradamente!
Esta cambada que se governa e que nos desgoverna, acaba por convencer a cabrestada a legitimá-los no exercício de um poder que se diz em nome do povo, mas que, de tão incompetente e corrupto, suga o povo até ao tutano em favor de um pequeno grupo de interessados e interesses longe, muito longe do interesse público.
As ideias, as políticas, o rumo do país, as pessoas, que deveriam ser o tema da campanha, não são discutidas.
E porquê?
Porque isso é o que menos interessa:
-É enfadonho e não dá votos;
-É comprometedor, pois alguém pode vir a cobrar futuramente o compromisso que da discussão resultasse.
É mais do mesmo, o que por aí vem!
"Se continuares a fazer o que vens fazendo, continuarás a obter o que vens obtendo"!
É uma grande e lógica verdade.
De nihilo nihil, disse Lucrécio, querendo significar que do nada, nada vem.
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