segunda-feira, maio 25, 2009

DE NIHILO NIHIL

E pronto: Começou mais uma tourada!

De um lado uns quantos cavaleiros e toureiros apeados, de farpas e estoques em riste, prontos para os enterrarem nos lombos dos cabrestos votantes, assim que este voltarem as costas às urnas.

Antes, porém, enchem a boca de palavras, palavras e mais palavras, cada vez com menos sentido.

E fazem-no sem pinga de vergonha, sem sinal de remorso, descaradamente!

Esta cambada que se governa e que nos desgoverna, acaba por convencer a cabrestada a legitimá-los no exercício de um poder que se diz em nome do povo, mas que, de tão incompetente e corrupto, suga o povo até ao tutano em favor de um pequeno grupo de interessados e interesses longe, muito longe do interesse público.

As ideias, as políticas, o rumo do país, as pessoas, que deveriam ser o tema da campanha, não são discutidas.

E porquê?

Porque isso é o que menos interessa:
-É enfadonho e não dá votos;
-É comprometedor, pois alguém pode vir a cobrar futuramente o compromisso que da discussão resultasse.

É mais do mesmo, o que por aí vem!

"Se continuares a fazer o que vens fazendo, continuarás a obter o que vens obtendo"!

É uma grande e lógica verdade.

De nihilo nihil, disse Lucrécio, querendo significar que do nada, nada vem.

Sem comentários: