Vivam os chineses!
Sem eles, uma boa parte da população portuguesa (mesmo a mais pirosa!) não tinha p'esentes pro sapatinho.
Mas não é disso que venho aqui falar.
Apeteceu-me dividir a minha constatação matinal.
Quase dois anos de governação das pessoas que agora ocupam as cadeiras puídas do poder (a alternância é a melhor forma de a todos contentar na partilha do bolo) e, finalmente (!):
- A justiça tem, ou está em vias de vir a ter, um enquadramento organizativo judiciário, processual e humano capaz, eficiente e eficaz, perspectivando-se até que possa atingir a excelência em pouco tempo, na exacta medida da governamentalização das suas estruturas de gestão, em fabulosa parceria (ou será uma joint venture?) entre órgãos de soberania;
- A saúde está, ou perspectiva-se que venha a estar, sobre esferas, sem listas de espera, acessível a todos e tendencialmente gratuita como manda a Constituição;
- O ensino, preparatório, secundário, superior está agora, ou daqui a bocadinho, dotado de todos os instrumentos necessários à formação dos jovens para uma sociedade moderna e exigente, sendo a investigação científica o seu ponto forte;
- Os militares, como nunca, felizes com os seus canhõezinhos, puxando o lustro às semi-automáticas, fazendo piqueniques ou passeios alegres, de contentamento e rejubilação pelo bom trato e reconhecimento de que são alvo;
- O cidadão comum e anónimo, contribuinte por natureza, felicíssimo anda, já que, como bom contribuinte, o aumento de impostos e a diminuição das prestações sociais (para as quais contribui pesadamente) são uma fonte de felicidade sem fim (à vista, pelo menos), o que é óptimo para aliviar a despesa da farmácia em xanax e afins;
- Os corruptos e outros grandes criminosos deste país também têm motivos para alegria, pois por muita atenção a estas questões, foi decidido mudar algumas coisas nesta matéria, sobretudo para que tudo ficasse na mesma, o que é uma evidente vantagem, não vá alguém de algum partido político ser apanhado em flagrante deleite, perdão, delito, por má interpretação dos actos ou cabala maquiavelicamente engendrada.
Tudo boas razões, portanto, para nos congratularmos.
Já apelei a Cristo, para vir cá abaixo ver isto (para a partilha, evidentemente).
Ouvi dizer que ele virá na noite de 24 de Dezembro.
Mas, à cautela, enviei um fax a Alá, uma pomba-correio a Buda, e fiz sinais de fumo dali do cimo da Serra da Estrela na esperança de que os espíritos dos antepassados dos índios Cherokee os vejam e venham, todos eles, cá abaixo ver isto.
Porque isto é digno de ser visto!
Só me resta uma pequena preocupação: ainda não consegui vislumbrar totalmente quais vão ser os bodes expiatórios...
5 comentários:
E eu vi-te, sentado no cume mais alto da serra da estrela qual chaman em meditação. Vi-te e enviei-te soprada numa caninha seca que ali estava, um rolinho de papel com uma mensagem " o sol nasceu hoje outra vez, o dia está claro e luminoso, logo mais virá a lua, num ciclo infinito de fazer acontecer coisas bonitas. do sitio onde estás, consegues até ver o mar, se quiseres muito. Permanece excêntrico, mas não entres tão depressa nessa noite escura. Se quiseres consegues. Não és tu que ainda acreditas no Pai Natal? Então vá lá, faz um esforço para ver o mar do sitio onde estás"
Bj, Xavier
maria
Pode fazer os apelos e os sinais de fumo que quiser...
Acho que já ninguém acha que isto seja digno de ser visto!
Sinais de fumo?! Vocês querem provocar interferências nas minhas comunicações ou quê?
Olá Maria!!!!!
Olá Morgana!!!!!
Maria,
Eu vejo o mar todos os dias.
Puro engano reconduzir os meus escritos à zona escura da vida.
Não, não e não.
Tenho, felizmente!, uma vida feliz.
Sou uma pessoa alegre.
Pretendo ser divertido quando calha...
Faço amor com alegria.
Partilho as coisas dos meus filhos, ou melhor, como vão sendo grandinhos, vão eles partilhando comigo...
Amo a natureza, adoro o sol, a chuva, mas também o vento, caracóis e o silêncio.
Uma colmeia poder ser um foco de interesse por mais de uma hora!
Quando chove, e antes de me embrulhar na manta e no livro, coloco sempre uma lata às beiras. Para obter aquele barulhinho ritmado...
Nem sei porque te falo dos "pequenos nada"... talvez desfazer um equívoco...
Amo a natureza, adoro o sol, a chuva, mas também o vento, caracóis e o silêncio.
Ora que até temos interesses em comum! ,)
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