sexta-feira, novembro 25, 2011

HOMO HOMINI LUPUS?

Mais uma vez manifesto a minha fortíssima convicção de que Portugal é tão capaz e produtivo como qualquer outro país do seu campeonato.

Onde está, então, o problema?

É que, por mais que produzam, os Portugueses não consequem alimentar tanto ladrão! tanta corrupção! tanta actividade substerrânea e subtrativa da riqueza produzida.

E mais uma vez digo também: Longe vão os tempos em que a corrupção se traduzia numa entrega de um qualquer benefício a troco de entrega directa de dinheiro.

Em Portugal, especialmente nos últimos anos, as formas de corrupção refinaram-se.

Em crescendo, desde o 25 de Abril de 1974, à vez entre PS e PSD e PP, e atingindo o seu auge (até ver) com os governos do escroque do sócrates, os instrumentos da corrupção passaram a ser o decreto-lei, as portarias, os despachos normativos e de um modo geral, a decisão política, em regra, adoptada até em contexto institucional e formalmente legítimo!

Basta ver as leis muito bem malfeitas que por aí andam, especialmente no âmbito do urbanismo, do ambiente, da contratação pública...

É todo um país que se deixou enredar nesta teia asfixiante, que acabou por matar ou quase matar a galinha dos ovos de ouro.

E agora, várias gerações de pessoas, que vivem apenas do seu trabalho, ou que nem sequer têm trabalho, vivem amarguradamente, passam fome e com outras necessidades básicas que não conseguem satisfazer, com a vida estupidamente diminuída pela actividade de uma escumalha, da cambada de bandidos que enxameia os corredores do poder e dos seus satélites de interesses substerrâneos.

Qua adianta uma grevezita? Que adianta mais subsídio ou menos subsídio?

Que adianta tomar uma aspirina se o virus só morre com antibiótico?

O problema é de fundo, é gravíssimo e requer solução drástica e de efeitos permanentes.

Será o voto a única arma capaz de introduzir moralidade no sistema e conduzir a vida pública a uma plataforma axiologiacamente aceitável?

Certamente que não!

Não passaria pela cabeça de ninguém que, para cuidar do rebanho, se tivesse de escolher um lobo de entre a alcateia de lobos de dentuça aguçada...

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