domingo, novembro 07, 2010

POVO DA TRISTE FIGURA

As auto-estradas suiças são, talvez, das melhores da Europa.

São todas estatais.

A responsabilidade da sua manutenção corre a cargo do Estado.

Os automobilistas, contas feitas, pagam 40,00€ a cada 14 meses.

E é tudo: circulam livremente.

Em Portugal, as auto-estradas não são públicas, estão na mão de privados.

E apesar de, supostamente terem sido construídas maioritariamente com os fundos estruturais europeus, a verdade é que entre concessões e parcerias público-privadas, a despesa gerada por estas enormidades  e os juros estúpidos que se pagam estão, só por si, a afundar-nos no pântano da bancarrota.

E isto só quanto às estradas! Fora o resto!!!

É costume dizer-se que o problema é o modelo de desenvolvimento.

Pois... será...

No entanto, seja qual for o modelo de desenvolvimento, o resultado será sempre o mesmo.

Por uma razão simples: Os energúmenos que enxameiam o poder político, que não passam de marionetas ou homens de mão de outras poderosas figuras da alta finança e da alta sociedade portuguesa (e, claro, não me refiro às lilis caneças...), encontrarão sempre, seja qual for o modelo de desenvolvimento, uma forma de  conduzir o país inteiro, não segundo uma lógica de interesse comum ou colectivo, mas segundo os seus próprios particulares interesses.

É histórico!

Foi sempre assim e sempre assim será!

Das riquezas das Indias nada de estrutural resultou para o país.

Das riquezas do Brasil, nada resultou para o desenvolvimento do país.

Das riquezas de África, nada resultou de avanço para o país.

Chegámos ao 25 de Abril de 74 e ainda éramos o país mais atrasado da Europa (40 anos de atraso, dizia-se!).

Das riquezas da Europa (CEE e CE) pouco resultou em termos estruturais, pois apesar de ter entrado dinheiro a rodos, a roubalheira foi bem maior, tendo-se aplicado dinheiros segundo formulários que legitimavam, aparentemente a boa aplicação do dinheiro, mas afinal destruiu-se a agricultura, destruiu-se as pescas, não se modernizou a maior parte do tecido industrial do país e, finalmente, a formação de competências foi um fiasco e uma das maiores plataformas fraudulentas no ataque aos dinheiros dos fundos estruturais europeus.

E continuamos desqualificados, sem pescas, sem agricultura, sem indústria competitiva.

Continuamos na cauda da Europa.

Este povo não tem garra.

Este povo é pequenino, mesquinho, invejoso, chico-esperteiro.

E os tubarões sabem-no!

Com um povo tão estúpido, qualquer arrivista vendedor de ilusões e banha-da-cobra compra os votos necessários para dar do país aparência de uma democracia e assim legitimar o gamanço a que de seguida se vai dedicar impunemente!

O povo português está nos limites da sua competência colectiva.

Não sabe fazer melhor do que isto.

Essa é que é a verdade, nua e crua!!!!

Basta ver a afirmação do sócrates, aqui há um ano atrás, de que "está ainda para nascer um primeiro-ministro tão bom como eu"!

O que, infelizmente, é verdade!

Por uma vez o desgraçado falou verdade!

Vão ser anos e anos de crise

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