"Ó aluno, toma lá um computador, que eu preciso dessa bandeira para a próxima campanha eleitoral"
"Ah! e se faltares às aulas, pá, não há problema algum: És aprovado e passas de ano na mesma"
"Ó professor, dá lá boas notas aos alunos, saibam que não saibam as matérias, ou... a tua classificação de mérito passa a demérito e ofereço um par de patins à tua carreira profissional"
"Ah! e já sabem: Agora não há desculpas: Quero 100% de aprovações no 9º ano!"
"Estamos entendidos?!"
"Somos ou não somos uma país modernaço?"
"Hã? HÃ?"
Clap! Clap! Clap! Clap! Clap! Clap!
Hão-de passar ainda muitas gerações até que a maioria do povo tenha capacidade para interpretar e compreender políticas como aquelas que actualmente estão em curso.
O futuro de todos os dias do país são os jovens de todos os dias.
Uma educação como esta produzirá inevitavelmente, amanhã, cidadãos prontos a prostituirem-se profissionalmente, socialmente, pelo facilitismo, pelo êxito instantâneo, pelo sucesso sem precedência de esforço.
Eis um governo de chico-espertos com uma política de educação que mais se assemelha a uma linha de montagem fabril de chicos-espertos.
Reparem que os filhos das elites não estudam no sistema de educação público português...
Um povo imbecilizado é sempre um povo manipulável.
Não é um objectivo político declarado, mas é seguramente um resultado que o poder político instalado vai aceitando...
A política de educação é um atoleiro para os jovens deste país e, numa perspectiva holística e futura, um atoleiro para o próprio país.
As operações de cosmética, travestidas de boas políticas de educação, enganam os mais incautos ou distraídos.
Mas, o que se pode esperar de uma ministra cuja vontade política máxima é poder executar, digamos... executar bem, um concurso de professores?
Ministros com mentalidade de servil director de serviços...
O que, aliás, é coerente:
Na verdade, temos um governo com mentalidade mercenária, tudo chefiado por um ministro-primeiro que é o protótipo do chico-esperto nacional.
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