— Eu... eu tenho vergonha. Muita vergonha.
— Bom... senhor presidente... também não é caso para tanto, vamos lá...
— Na verdade, ser presidente de um país de pobres não é lá grande coisa, sabe... Não é o que sonhei para mim senhor ministro primeiro.
— Bem... não podemos fazer outra coisa, senhor presidente... bem vê... o défice, não é verdade... o senhor, que é economista, concerteza não só compreende como também subscreve a solução.
— Bem... o meu maior problema é a vergonha que sinto por ser presidente de um país de pobres. Sabe, ainda pensei ficar indignado, verdadeiramente indignado com a pobreza e o empobrecimento dos Portugueses, mas depois... percebi que a indignação pressupõe uma certa proactividade que iria pôr em causa o nosso esforço comum...
— Muito obrigado senhor presidente...
— ... e foi então que percebi que o mais importante é a vergonha de ser presidente de... de... de pobres, enfim...
— Ora, ora, senhor presidente, bem... o importante, como sabemos, é o défice! O défice e a manutenção dos baixos salários e rendimentos dos cidadãos.
— É verdade, é verdade... que vergonha... que vergonha...
7 comentários:
Ena ENa!! Que bom! EStá de volta!!!
Olá Cleo
...de quando em vez...
Infelizmente, não creio que a vergonha dê pão a alguém.
Proactividade?
Iogurtes?
Pão?
Vergonha? Que é isso???
http://corporacoes.blogspot.com/2005/11/penses-de-reforma-ii.html#c113244127889605333
Xavier Saudades suas deixe-me o seu mail para o convidar para o blog.
Agora só tem acesso quem é convidade.
pois. É assim!
Neste país por vezes tem de ser assim.
bjito
Olá Cleo,
xavierieri@hotmail.com
Thanks
bj
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