Processos, processos, processos!
Despachos, despachos, despachos!
Julgamento, julgamentos, testemunhas, requerimentos, despachos, despachos...
Sentenças, sentenças, sentenças....
Estatística, pendências, urgências...
Providências, urgências, urgências...
(Não me posso esquecer de viver)
Post it: "não esquecer de respirar";
Post it: "não esquecer voltar para casa antes que o galo cante";
Post it: "Não esquecer de verificar se o mundo ainda existe";
"Exmº Senhor Dr. Juiz"
Pois!
Processo virtual: abre! abre! ABRE!!!
F#*»-§+, esta merda não abre!
Irra!!
O que?
20 minutos para depositar um simples despacho!!???
... o choque tecnológico...
Urgência...
Sr. dr. juiz, estão a aguardar...
despacho: Pelo exposto, julga-se...
Como se chama?
"É uma violência o que se passa nos tribunais portugueses..."
Pois...
É violento, é.
Mais lento do que vi-o, mas é...
Eu também vi-o lento.
É pedófilo?
Credo!
Vi-o. Lento.
A mim?
Não, ao processo!
...
Ó sr. dr. juiz, sinto-me indignado...
Eu também, eu também...
(!)
(Prostração)
(Mijando de pé, como mandam as regras da masculinidade, pergunto-me, no remanso da possível casa-de-banho das instalações do órgão de soberania, como é possível conseguir ainda mijar!
E de pé!
Sinto-me um verdadeiro felizardo, à beira de outros que ainda mijam, mas de gatas).
Quantos são? Quantos são?
É entrar!
É ENTRAR!
Venham ao circo juridiciário!
Trapezistas e contorcionistas de alto gabarito!
Animais amestrados vestidos de preto!
Teatro de marionetas: O inimaginável tornado real!
E Palhaços!
Muitos palhaços!
Venham! Venham! É de morrer a rir!
TRRRIIIIIIIMMMMMM...
Estou?
Sr. dr. juiz, é o sr. ministro da justiça. Posso passar?
Passe.
Estou?
Boa tarde. Fala o ministro da justiça. É o sr. dr. juiz fulano de tal do tribunal de tal parte?
Sou, faça o favor de dizer sr. ministro.
É para lhe agradecer, sr. juiz. Aliás, tenho estado toda a tarde a agradecer a cada um dos juizes portugeses.
(!).
Estou?
Sim, sim.
Pois, como lhe dizia, quero agradecer... Sabe? Talvez com uma metáfora se perceba melhor:
'tá a ver as corridas de toiros?
Pois é. Quando o toiro marra a sério, inopinadamente e de forma certeira, causa mossa! Enfim, são toiros inconformados com o seu destino medíocre de levar com umas farpas no lombo. Nesse caso, diz-se, na gíria taurina, que o toiro é "manso".
E quando o toiro marra de baixo para cima, de forma previsível e ritmada, permitindo a suprema ignomínia, perdão, galhardia de o tombar de joelhos, curiosamente diz-se que o toiro é "bravo".
Vai daí pensei que...
(!)
Pois... Desculpe. Na verdade a metáfora, embora apropriada, não é lá muito elegante.
Mas percebeu, não percebeu?
Obrigadinho, sr. dr. bravo, perdão, sr. dr. juiz.
Boa tarde.
Boa tarde.
(!)
Ora, anúncios, anúncios...
Cá está: Dr. Salvador da Cuca, psiquiatra.
TRRRRIIIIIIMMMMMMM...
3 comentários:
Uma boa gargalhada exorciza os males do mundo.
Por mim, depois de ler este seu post, exorcizei galáxias!
Li há pouco tempo, num blog brasileiro, qualquer coisa que passo a parafrasear:
Acredito na morte como única companheira fiel e certa,
acredito na estupidez como denominador comum na humanidade
acredito no humor como forma de encarar a primeira e de suportar a segunda.
É!
S.
Há que tempos que não via um juiz tão sisudo, diria até demasiado ... circunspecto!!!
Esta vai para a minha "Colectânea"... "de Jurisprudência"!
Continuemos ... sempre com fé!!
até que os assessores ... o façam de pé!!
De rir, se a realidade não fosse de facto esta..a todos os niveis da Adm. Publica.
Mas visto sob esta analise, é bom para exorcizar o stress diario a que se sujeitam todos os que trabalham sem condições.
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