sábado, junho 09, 2007

COMO TOCAR SOCRATINA

- Ó Zé, mas hoje não é dia de reunião no Concelho dos Mnistros!!!
- Eu sei, Pereirinha, mas esta é uma reunião extraordinária! E secreta!

Na sala: Blá blá blá pois # e depois..$73 e vai daí blá blá zzzzzzz bzz e ele disse *+#sssjº+...

- Chiu! Cchhiiiiu! Ora calem-se lá, pá! Caros amigos, em face das últimas... hã hã... das últimas... enfim, das últimas!, vamos a uma pequena lição para evitar males futuros.

- Lição, Zé? Mas tu podes ser professor? Se nem aluno, assim aluno-aluno, foste e...

- LINÓLEO! Outra dessas e vais de carrinho ou... de avião para a.. margem Sul!
- Tá bem, tá bem! (mas eu pelo menos tou inscrito na Ordem...)
- Bem, bem! Meus amigos, nem eu compreendo como é possível tanta bacorada junta!

(grunhidos na sala e ajeitar de cadeiras)
- Especialmente num país de cegos! Quando afinal nem é preciso ter um olho! Basta dizer que se tem um olho!
- Pôrra Zé! Sabes que nunca tinha pensado nisso dessa maneira...
-Ora, vamos lá a aprender e ouçam com atenção:
- O que é que nós devemos fazer?

- A NOSSA vontade!
- Como fazer?
- À NOSSA maneira!
- E se a nossa vontade colidir com o interesse público?
- MENTE-SE!
- E se alguém nos descobre a careca?

- DESMENTE-SE!
- Perceberam? HEM?!
- Onde está a dificuldade disto? Hem??


(mais grunhidos na sala, uma tosse e um arrastar de cadeira)

- E no mais, façam como eu: SILÊNCIO!
- E quando é que se quebra o silêncio?
- Para afirmar a NOSSA vontade!
- E o que se faz a qualquer opinião alheia?
- IGNORA-SE!!
- Porquê?
- Porque fazemos tudo à NOSSA maneira!
- E o interesse público?
- IGNORA-SE!
- E se alguém descobre?

- MENTIMOS!
- E se alguém descobre?
- DESMENTIMOS!

(silêncio sepulcral na sala)

- Ora pôrra!!! Isto é difícil????

(silêncio)

- Linóleo, Pinhotosco, Albertosco, Correiadetransmissão, Ma-ma-ri-ri-a-a-no-no, Marilerda, Isabelinhapirilau, isto é difícil? HEM??!

quarta-feira, junho 06, 2007

LEI? ESTADO DE DIREITO? AH! AH! AH! AH! AH!

... e quando pensamos viver num mundo balizado pela lei e pelo Direito, ou seja, pelas regras produzidas pela sociedade para a sociedade, vem um qualquer com um qualquer poder e... pode-nos.
É isso: Pode-nos, isto é, possui-nos.
E ficamos tão possuídos que paralizamos.
E é então possível perceber claramente como foi um Hitler capaz de levar por diante, com a ajuda de milhares e a conivência de milhões, o extermínio sistemático de seres humanos.
Como se nada fosse e de sorriso ao peito.
Nos dias que correm neste país-zinho, vamos assistindo às mais abjectas manigâncias, aos atropelos de direitos e interesses elementares, à matança do Estado de Direito, ao funeral da democracia.
Assistimos, impávidos e serenos...
Apáticos.
Incapacitados.
Enredados nas próprias dores da inacapacidade.
Sombras de nós mesmos.
Há aí um pequeno grupo de 80's que sabe do que eu estou a falar...