O sol aparece de um lado e desaparece do outro... todos os dias... pois assim se medem os dias... inexoravelmente.
Em termos universais, somos um quase-nada.
Em termos planetários, somos um tudo-nada.
Para o país, somos um número (se pagamos impostos), somos um custo (se recebemos prestações sociais), somos ignorados (quando indigentes), somos beneficiados (se o colarinho for branco).
Verdadeiramente, somos importantes para meia dúzia (ou dúzia e meia) de pessoas, normalmente familiares e, vá lá, um amigo (talvez dois).
Tudo o mais são claras batidas em castelo: Ao fim de algum tempo liquidificam e esvaiem-se por um qualquer esgoto...
A vida, e tudo nela, é periclitante, inexoravelmente periclitante.
E, paradoxalmente, é a perenidade dessa periclitância que nos confere uma dimensão ontológica e espiritual, que nos garante o regresso ao pó.
xavier
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