Haverá a possibilidade de a sociedade portuguesa e, nela, cada um de nós tomar consciência de que a via de solução para o país é, desde logo, ter cidadãos axiologicamente orientados à vivência em sociedade, ter pessoas melhor formadas, com verdadeiros e reais valores humanos e civilizacionais?
Não creio, pelo menos a curto e médio prazo.
A razão é óbvia: É trabalho de gerações.
E mesmo aí, só haverá resultados a longo prazo no caso de alguém, por exemplo as famílias (cada família) e a escola (o poder político) tomar a decisão de mudar o paradigma da educação pública.
No entanto, mesmo nesse cenário mais alargado, tal solução não vingará.
Como já anteriormente disse, a tendência será, estou convencido, a de ir vivendo iludindo a vida, com uma chico-espertice aqui, um desenrascanço ali...
Mas essa não me parece a melhor forma de transformar o país num país de alguma felicidade colectiva, de oportunidades para todos e de repartição dos encargos e dos rendimentos de uma forma justa e equilibrada.
Todavia, que outra solução existe?
Não podemos contar com a classe política e dos interesses subterrâneos qu estes representam, pois eles são não apenas parte do problema, mas essencialmente O PROBLEMA!!!
Esta GENTALHA pretende apenas colocar um país inteiro a trabalhar para um pequeno grupo do qual emergem e para o qual voltam depois do assalto à coisa pública.
Estaremos condenados à chico-espertice e ao desenrascanço como modus vivendi?
A sociedade civil terá de reagir e, nela, serão os jovens a dizer a primeira e a última palavra.
A questão é "como fazê-lo?"
Creio que ninguém sabe.
Mas se houver massa crítica suficiente para tal, todos o saberão num dado momento.
É essa a nossa última esperança.
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