O facto de haver países, como por exemplo a Grécia e a Itália, com mais ladrões em cargos públicos do que nós não nos deve servir de consolo.
Este é o país que temos!
Este é o povo que somos!
E o que somos está à vista!
Que cada um faça o que puder para que o país melhore!
Que cada um dê o seu, pequenino que seja, contributo para melhorar a produtividade geral do país.
Com isso faremos mais num dia do que a classe política toda junta num ano.
Os políticos que temos são a nossa vergonha.
Indo ao estrangeiro, já não digo a ninguém que sou português.
Olham-nos como se tivessemos peste, como se não passássemos de umas toupeiras ou de uns trambolhos imprestáveis.
A bandalheira em que Portugal se transformou ao longo dos anos a isso dá azo.
Muita gente apontou o problema: Essencialmente, a corrupção (em sentido muito amplo e com múltiplas frentes, a maioria delas, aliás, com planos de legitimação formal).
Agora que os mercados financeiros se fizeram caros e ameaçaram fechar a torneira é que se vê, claramente visto, a nossa extrema dependência, a brutalidade do que devemos face ao que somos capazes de produzir e que produzimos.
A corrupção grassa, o Tribunal de contas está farto de assinalar, por exemplo, muito dinheiro a mais em contratos já de si milionários, mas outras vertentes de corrupção podem ser observadas, como por exemplo a decisão política da realização de obra pública não necessária ou não essencial, mas que beneficam as respectivas empresas à custa do orçamento do Estado, as parcerias público-privadas absolutamente desastrosas para o erário público (mas que garantem às empresas dos boys uma rica fonte de financiamento por muitos anos e sem quaisquer riscos).
Os boys e as suas empresas, através de meia dúzia destes bons (para eles) contratos conseguem por um país inteiro a trabalhar para eles e para o partido e por dezenas de anos!
Se há uma zona onde a corrupção pode ser alocada é, indubitavelmente, na decisão política!
A decisão política toca duas vertentes essenciais da corrupção: Tem poder para decidir e tem poder para vincular o Estado (ou a pessoa colectiva de direito público ou a autarquia, etc).
Não percebem? hummm....
Longe vai o tempo em que a corrupção consistia na troca de um favor público por dinheiro privado ou de dinheiro público pelo favor privado.
Hoje, um instrumento normativo pode muito bem ser um instrumento de corrupção.
À vista de todos e ... invisível!
Invisível, porque formalmente legitimado!
No princípio, no período pós-revolucionário (a revolução nem conta, pela indigência dos valores), tudo começou com uma vírgula num diploma legal a alcançar os 20 mil contos! Isto, naquela altura, início dos anos 80, com ressalva do erro...
De então para cá, a corrupção alcançou um tal refinamento que actualmente é quase impossível deitar a mão judicial a um destes vigaristas.
Entretanto, o Zé Pequenino é quem paga a crise.
Ou seja, não se corta na despesa, a não ser temporariamente e apenas para iludir a banca externa de que dependemos para nos financiarmos.
Continua o rega-bofe.
Aumentam-se os impostos, diminui-se o consumo, passa-se mais fome no meu país.
A economia, sem consumo, pouco pode crescer.
E assim vai este empobrecido país, enredado nas malhas asfixiantes tecidas por políticos incompetentes (para dizer apenas o mínimo).
Agora, meu caro leitor, saia deste tugúrio e vá apanhar um pifo! Aliene-se! Esqueça!
Ou faça como eu: Curta (de curtir) a vida, beba uns copos com os amigos, vá à beira-mar e respire o horizonte, cative a sua cara-metade e dancem até o suor correr em fio, morram de vida, um no outro....
À noite, partilhe uma estrela da via láctea e, com sorte, virá um alien que os levará para bem longe...
Sem comentários:
Enviar um comentário