quarta-feira, julho 18, 2007

QUE RESPONSABILIDADE TEM UM GOVERNO?

Qual a responsabilidade que recai sobre os eleitos que "governam" o país?

Vejamos um exemplo dos mais simples, mesmo simplista no contexto da governação em curso.

O Ministério da Educação elabora exames para avaliação de alunos.
O exame serve para examinar os alunos, sendo valoradas as respostas certas, não se valorando as respostas erradas ou valorar-se-ão negativamente.
Simples.

Mas como enquadrar uma entidade que pretende avaliar os erros de alunos se ela própria labora erro atrás de erro nos enunciados dos exames que servem para avaliar os erros dos alunos?

Estão a ver a coisa??!

Este é um simples (dos mais simples) exemplo de enormes prejuízos causados pela má governação.

Diz o Governo: Há que implementar um sistema de avaliação dos funcionários públicos, pois só os melhores deverão progredir mais rapidamente.
Concorda-se com o princípio.

Por isso mesmo e por se afigurar justo, a questão que se nos coloca é a seguinte:

QUEM AVALIA O GOVERNO E A GOVERNAÇÃO?

Dir-me-ão: Os cidadãos. Nas urnas. Com o seu voto.

Sim, mas essa é uma "avaliação" em resultado de uma manipulação do avaliador-eleitor, por via de campanhas eleitorais que vendem mais banha-da-cobra do que passam ideias válidas.

Para que o sistema seja justo, proponho:

A) A atribuição de uma compensação pecuniária mensal a cada funcionário público, para efectuar campanha séria em prol da sua melhor avaliação junto do respectivo superior hierárquico-avaliador;
Ou, dito de outro modo, proponho que o lamber das botas seja subsidiado, tal como as campanhas eleitorais; (E porque não? Num país que vive de mão estendida...)

B) E que os membros do Governo paguem do seu bolso os prejuízos resultantes dos erros por si cometidos como, de resto, acontece com qualquer funcionário Público.

Quem nos defende desta gente?

terça-feira, julho 10, 2007

POR FAVOR, NÃO RESPONDAM TODOS AO MESMO TEMPO

Não é de retórica.
É uma pergunta séria (aliás, notem como ela não se ri):
Com excepção de uns remendos aqui e ali, aparentando especial motivação nas ondas de choque de uma qualquer casa pia e mais umas aldabrices de apito ao peito, urbanismos manhosos e quejandos, e ainda que mal pergunte, alguém sabe qual é o rumo da política na justiça em Portugal?

segunda-feira, julho 09, 2007

ESTRATÉGIA CANINA

O gato, frente ao seu comedouro, remoe o granulado, na satisfação do empanturramento sem critério.
O cão, que - vá lá saber-se porquê - gosta ou finge que gosta de granulado de gato, bispa o bigodes na comezaina e inicia a sua estratégia de desalojamento.
Sem alarido, entenda-se.
Primeiro, dirige-se-lhe e queda-se, imóvel, a cerca de um metro de distância.
Não ladra, não morde, não se mexe sequer.
Olha apenas, fixamente, o gato.
O gato apercebe-se, deixa de comer, vira ligeiramente a cabeça em direcção ao cão e permanece, ele também, imóvel.
O jogo de forças iniciou-se.
Sem ideias, um e outro.
Apenas poder latente.
O gato imóvel.
O canídeo inicia então, milímetro a milímetro, um movimento em direcção ao felino.
Suavemente.
Como quem não quer a coisa...
Aproxima-se mais e mais.
Suavemente, vagarosamente.
Até que a sua cabeça fica quase junta à do gato.
Impasse.
Tensão.
Às tantas, a presença imposta do cão é tão forte que o gato, num movimento de repulsa, salta e fica ao largo.
Resmunga, mas... cede o lugar.
Quanto mais não seja, por pudor.
Há pessoas assim.
Perdão, há cães assim.
Sub-reptícios.
Manhosos.
Que fazem das regras do jogo - 'cada um come na sua gamela' - mera semântica...
E no fim, sempre poderão afirmar: Eu?! Eu não! Ele é que se foi embora! Eu até nem disse nada!...
Quem ? Eu? A directora da DREN é que...
Bem, isso é outra estória...
Cães sortudos, é o que é.
Cães com dono.
Cães que, mesmo sem mérito, levam os melhores nacos de carne.
E ainda comem o granulado do bichano.
O meu cão é tão bem tratado que eu até já lhe disse: "Foge cão que te fazem barão!"
E ele, rafeiroso bastardo, respondeu-me: "Para onde, se me fazem conde?".